Confesso
que não sei
Pelas linhas que aqui deixarei, digo que já
não sei.
Já não sei se te comovo pelas ternuras de
meus versos, ou pelas férreas serras de meu viver.
Vivo com se no dia de hoje a luz que existe
em ti já fosse se exaurir, deixando-me descoberto na latente pressão dessa
solidão.
A solidão que antes era vista como bela e
companheira passou a ser a terceira pior chaga dentro de meu peito.
O peito que carrega as marcas destes meus
dizeres sofre, mas que não se regenera como a minha mente.
A mente que viaja pelos sobrados de uma canção,
diverte-se nos jardins de múltiplas paixões, porém que acaba repousando nos casebres
de várias ilusões.
Ilusão eu acredito que foi o sentimento que
senti, mas na realidade foi muito mais palpável, digestivo e olfativo do que o
que vivi hoje.
Hoje conforto-me com os rabiscos do que
senti, pois no perpassar de cada lembrança que tenho de ti eu fico assim, assim
meio distante, frio e disfarçante, não por você não estar aqui e sim por der te
deixado aqui.
Confuso passei a ser, muito diferente do que
projetei ser, no entanto muito mais capaz do que ousaria ser, para que no fundo
de uma pergunta: “Quem é você?” eu pudesse responder: “Sou quem deve amar até
morrer”.
GOMES, L. S.

Me identifiquei bastante com este de hoje! Continue assim, surpreendendo seus seguidores, você é muito bom no que faz.
ResponderExcluirParabéns!