sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Confesso que não sei


Confesso que não sei

Pelas linhas que aqui deixarei, digo que já não sei.
Já não sei se te comovo pelas ternuras de meus versos, ou pelas férreas serras de meu viver.
Vivo com se no dia de hoje a luz que existe em ti já fosse se exaurir, deixando-me descoberto na latente pressão dessa solidão.
A solidão que antes era vista como bela e companheira passou a ser a terceira pior chaga dentro de meu peito.
O peito que carrega as marcas destes meus dizeres sofre, mas que não se regenera como a minha mente.
A mente que viaja pelos sobrados de uma canção, diverte-se nos jardins de múltiplas paixões, porém que acaba repousando nos casebres de várias ilusões.
Ilusão eu acredito que foi o sentimento que senti, mas na realidade foi muito mais palpável, digestivo e olfativo do que o que vivi hoje.
Hoje conforto-me com os rabiscos do que senti, pois no perpassar de cada lembrança que tenho de ti eu fico assim, assim meio distante, frio e disfarçante, não por você não estar aqui e sim por der te deixado aqui.
Confuso passei a ser, muito diferente do que projetei ser, no entanto muito mais capaz do que ousaria ser, para que no fundo de uma pergunta: “Quem é você?” eu pudesse responder: “Sou quem deve amar até morrer”.
GOMES, L. S.

Um comentário:

  1. Me identifiquei bastante com este de hoje! Continue assim, surpreendendo seus seguidores, você é muito bom no que faz.
    Parabéns!

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