Uma natureza vazia
Com um ar bucólico debruço meus sentimentos
sob esta imensa vontade de escrever.
Escrever para que o mundo conheça minhas
poucas verdades e o meu desejo terreno de não mais ser um infame, medíocre e
complexo ser.
Sendo como os pingos de uma chuva tempestuosa
no hoje, eu resolvi me dispor ser, para que nas milhares de gotículas mesmo que
ainda sendo mínimas já levassem todo o teu ser.
Levassem todas as relíquias de pesadelo que
trago nos prédios dessa atormentação eu gostaria, para que no escorrer de suas
águas as manchas secas e putrefaz já não pudessem mais sentir.
Sentindo como se na imensidão de todos os múltiplos
sentimentos que já não me permito ter, houvesse a solução de uma estrada
travada pela escuridão de teu ser, prendendo-me aos laços sedosos de não mais
querer ter.
Ter os sentimentos amordaçados pelo dor
destas ilusões eu já não queria ter, mas que no momento ainda permito ouvir
para que no reagir de minha paixão minha ascensão fosse muito mais que um mero
reagir.
Reajo com a força que penso que tenho, mas
que pulsa muito mais forte nos meus dizeres levando-me a luz da razão,
demostrando toda uma sandice que já tenho.
Tenho no meu âmago toda uma significação,
porém deixando-me seguir pelas tristezas de uma paixão profissional eu já não
posso mais seguir, pois no perpassar de cada lugar que recorro encontro o
dizer: “já não podes mais viver”.
GOMES, L. S.
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