Gosto
Gosto de sorrisos fáceis, rostos amáveis e
peles gentis.
Gosto do olhar ancião que vi em tua face e da
expressão de fantasia e degustação mais que divina de tuas boas ações.
Gosto do sorriso infantil tão descontraído
que expressa no repartir de uma simples saudação.
Gosto da essência transcendental que surgi ao
lhe reviver nas lacunas de minha memória, como se nessa hora eu não pudesse
mais viver.
Gosto da estatura e da altura de teu corpo,
pois em cada divergência que pensas existir eu me encanto ainda mais por ti.
Gosto da pele branca e dos lábios rosados que
eu pude sentir revelando muito mais de ti que eu mesmo quisesse ouvir.
Gosto das lembranças filosóficas que mantenho
de ti, mas que no hoje teimam em não parti.
Gosto do que foi aquele momento uma injúria
ele não voltar a se repetir.
Gosto das palavras profanadas, das caricias
trocadas e das ausências desencontradas.
Gosto de tudo que me fez sentir, só que
lembro-me que sozinho eu já devo seguir, pois no vagão de um trem que se entra
sozinho a próxima parada não se chama ilusão.
Na ilusão de um gostar eu pude sentir, mas
que agora sorrindo muito mais eu me sinto, já que o teu sentir representou algo
em mim.
GOMES, L. S.
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