As vibrações de um “não
sei”
Vibrações estranhas circulam meu ser.
Circulam-me num círculo de proeza e magia
encantando-me em cada pigmentação deste meu pobre e velho ser.
A força que aflora destes meus poros já não
sei como dizer, o que me deixa apenas a sentir os tufões deste mínimo existir.
Existindo sob pena destas sensações fui prorrogado
a viver, mas que nos mais fervorosos incêndios deste alvo amanhecer eu já não
me contento permanecer.
Permaneço como um novilho a ponto de abate,
porém reconheço as diretrizes de lobo que aqui sinto dentro de mim.
Sinto
como se na redoma que teimo em fechar as fagulhas deste queimar já fossem muito
mais que este reles explorar.
Exploro pelas cavernas entulhadas deste meu
eu cada resquício do que já não sou mais eu, numa busca de forças entre a dor e
a flor de ser eu.
Eu que já não sinto todos os meus sentidos, venho
aqui sentido todos os meus transgredidos motivos.
Os motivos dessas sensações eu já não sei,
mas para que mundo me levam estas circulações eu também não sei, só sei que hoje
eu já nada sei.
GOMES, L. S.
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