Roubador de amor
Tua pele suave tão leve e branca e não pude
acariciar.
Teu corpo selvagem tão perto e não pude
abraçar.
Tua essência nativa e simples foi o que pude
olfatar.
Teus risos e sorrisos e pude apenas
contemplar.
Tua fama recorrente eu pude apenas agraciar.
Teu enrijecer aparente eu queria muito tocar.
Tua maravilha cátedra foi o que me restou a
observar.
Teus sentidos tão perdidos já poderiam me encontrar.
Tua mansidão revelar-se-á na vastidão de um: “Eu
vou para sempre te amar”.
Teu sem sentido entardecer pode de novo
reviver em um novo amanhecer.
Tua cantiga amiga poderia para sempre ser
sentida.
Teus toques poderiam ser muito mais que um
simples concentrar.
Tua cama já não seria uma cama se fosse o
palco daqueles se amam.
Teu tocar seria muito mais que um contato
poderia ser a ardência de nossos contatos.
Tua cadência é feita de magia tão velha amiga
que capricha nas nossas futuras alegrias.
Tua face permanece presente mesmo que na ausência
de tua carne.
Teu clamor reservado conduz os murmúrios deste
meu viver.
Tua chama de amor esquenta mesmo que na sua ausência
e na minha presença a paixão deste velho roubador de muito amor.
GOMES, L. S.

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