quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Roubador de amor


Roubador de amor

 Teus lábios tão pertos e já não pude tocar.
Tua pele suave tão leve e branca e não pude acariciar.
Teu corpo selvagem tão perto e não pude abraçar.
Tua essência nativa e simples foi o que pude olfatar.

Teus risos e sorrisos e pude apenas contemplar.
Tua fama recorrente eu pude apenas agraciar.
Teu enrijecer aparente eu queria muito tocar.
Tua maravilha cátedra foi o que me restou a observar.

Teus sentidos tão perdidos já poderiam me encontrar.
Tua mansidão revelar-se-á na vastidão de um: “Eu vou para sempre te amar”.
Teu sem sentido entardecer pode de novo reviver em um novo amanhecer.
Tua cantiga amiga poderia para sempre ser sentida.

Teus toques poderiam ser muito mais que um simples concentrar.
Tua cama já não seria uma cama se fosse o palco daqueles se amam.
Teu tocar seria muito mais que um contato poderia ser a ardência de nossos contatos.
Tua cadência é feita de magia tão velha amiga que capricha nas nossas futuras alegrias.

Teus minuciosos “partiu” ferem-me com sorrisos primaveris.
Tua face permanece presente mesmo que na ausência de tua carne.
Teu clamor reservado conduz os murmúrios deste meu viver.
Tua chama de amor esquenta mesmo que na sua ausência e na minha presença a paixão deste velho roubador de muito amor.
GOMES, L. S.

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