terça-feira, 25 de setembro de 2012

Chamas de um amor


Chamas de um amor

Mãos frias de desejos carnis escorrem pela pele que encobre estes meus anseios.
As mãos que deslizam pelo céu de um paraíso perigoso descem ao chão de inferno muito saboroso.
Os pecaminosos desejos somem na luz de nossos beijos. Ah teus beijos...
O movimentar de teu corpo roçando, estatelando-se e caindo sobre meu corpo ascende de novo o fogo desse velho moedor.
O toque de teus lábios beijando-me a face, descendo e liquidando-se nas minhas muitas partes, ressaltando-me numa única e centra parte.
Queimando-te no meu bom e centrado local de prazer isso é muito mais que um verso de puro arder.
Tuas mãos que manchadas não estão, apertam-me com muito mais força que tristeza de uma bela pagã.
Pagão são os delírios desse nosso quente devaneio, preencho-nos pelas marcas de frios, sombrios e fortes manuseios.
Pega-me como teu brinquedo, mas machuco-te conforme os teus desejos.
Exceda-se, transborde e permita-se queimar, não pelo fogo de um ardor, mas pelas chamas de sempre amou.
GOMES, L. S.

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