quarta-feira, 26 de setembro de 2012

EXAGERADOOOOOOOOO


Embalado pelo bom e velho poeta Cazuza, os pensamentos que me passam neste dia são muito mais amplificados, porque algo que possivelmente descreve uma das marcas deste meu viver é SER muito mais que um mero EXAGERADO...

"Amor da minha vida
Daqui até a eternidade
Nossos destinos
Foram traçados na maternidade

Paixão cruel desenfreada
Te trago mil rosas roubadas
Pra desculpar minhas mentiras
Minhas mancadas




Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado

Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar

E por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais


Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado

E por você eu largo tudo
Carreira, dinheiro, canudo
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais

Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado"

Exagerado - Cazuza

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Chamas de um amor


Chamas de um amor

Mãos frias de desejos carnis escorrem pela pele que encobre estes meus anseios.
As mãos que deslizam pelo céu de um paraíso perigoso descem ao chão de inferno muito saboroso.
Os pecaminosos desejos somem na luz de nossos beijos. Ah teus beijos...
O movimentar de teu corpo roçando, estatelando-se e caindo sobre meu corpo ascende de novo o fogo desse velho moedor.
O toque de teus lábios beijando-me a face, descendo e liquidando-se nas minhas muitas partes, ressaltando-me numa única e centra parte.
Queimando-te no meu bom e centrado local de prazer isso é muito mais que um verso de puro arder.
Tuas mãos que manchadas não estão, apertam-me com muito mais força que tristeza de uma bela pagã.
Pagão são os delírios desse nosso quente devaneio, preencho-nos pelas marcas de frios, sombrios e fortes manuseios.
Pega-me como teu brinquedo, mas machuco-te conforme os teus desejos.
Exceda-se, transborde e permita-se queimar, não pelo fogo de um ardor, mas pelas chamas de sempre amou.
GOMES, L. S.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Corpo ardente


Corpo ardente

Tua mão escorrendo pela minha face parando exatamente no lugar que deverias não mais tocar, pois o teu tocar já me deixa muito além do que eu queria transbordar.
Teu toque suave acaricia meu corpo e por cada milímetro que tua mão passa as chamas deste ardente desejo queimam-te nas flamas deste nosso louco beijo.
Tua boca beijando-me com suaves palpitações queimam-me por fora e esfria-me por dentro, causando-me um choque apenas causado por ti.
No tirar leve de tua roupa ao levantar de minha camisa nossa química se alucina.
No esbarrar de tua pele sobre a minha pele muitos loucos, quentes e infames desejos brotando do teu corpo bem aqui diante de mim.
Nos muitos colar e desgrudar destes ardentes, penitentes e existentes corpos cheios de desejos o nosso muito ejacular.
No depois de muito se desejar, o mágico e simples comtemplar de nosso se esfriar.
Esfria-se o corpo, mas tua mente reluzente teima em ficar a me olhar.
No olhar de nossas faces um novo recomeçar palpitando novamente os teus lábios a me beijar loucos a tudo recomeçar.
GOMES, L. S.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Quero-te de A a Z


Quero-te de A a Z

As faces em rosas formosas cantam muito mais que o seu jardim.
Bate muito mais alegre todo este meu sentir no redescobrir de um novo sentir.
Cânticos ecoam das flores que brotam dos destroços do nosso velho amor.
Das mais difíceis tempestades as lembranças do que já não devo mais vive.
Essa é nova realidade que devo me render.

Fraudados foram todos os sentimentos expostos na bengala deste eu viver.
Grato, sou pelos ensinamentos de vida muito mais condizentes do que o seu novo repartir.
Hoje passo despercebido para que no momento de meu ressurgir já não possa existir nem as migalhas deste teu sentir.
 Indiferente, fico diante dos lírios destes muitos novos compartir.
Jamais quero voltar a sentir as angustias de um não existir.

Lamento por ter que lhe ver partir, mas quero que sinta todo aquele amor que um dia eu senti.
Meus sentimentos tornaram-se pequenos diante desses teus “sentir” junto de outros quadris.
Nunca reconheça-me nos papéis manchados por velhas tintas, porque estes quadros são marcados pelas linhas desta minha vida.
Ou renova-se e dá valor nos muitos sentimentos que permanecem ao teu lado, ou ficará penitenciado a sofrer pelas penumbras de um não ter.
Palavras são as coisas que deixo aqui para que você possa refletir, porém o que queria mesmo era sorrir junto a ti.

Quero expressar minha alegria, não ao te perder, mas ao saber que posso sentir que estás a ler estes meus poucos dizer.
Resta-me seguir adiante comentando, reinventando, sorrindo e até chorando as aventuras de ser muito mais que velho triste momentâneo.
Serei os versos que não puder falar, serei um gesto para o teu sorrir, serei o colo acolhedor e no fim serei o corpo que te dará calor.
Tenho em meus desejos a alegria de poder vive-los junto de muitos “ti”.
Uma vez que o corpo se encante, as crônicas de nosso desejo militarizam-se sobre nossos anseios.

[Vou por aqui deixando todos as fagulhas que compõem estas minhas chamas de lamento e prazer, todas com apenas um querer, o ter você.
Xerife cérebro ordena que prenda todas essas alucinações que compõem os meus dizeres, pois na busca de ter um dos melhores textos eu só pude me lembrar de que devo te esquecer.
Zerei todas as possibilidades de querer te ter no momento que quis escrever este texto de A a Z.
GOMES, L. S.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O corpo que ama teu corpo


O corpo que ama teu corpo

Derrame-se sobre meu corpo, esqueça meu nome e diga apenas que sou todo seu.
Jogue-me na parede apedreje-me com todo o teu prazer.
Queime as mágoas do teu velho querer e derreta-se de tanto sentir prazer.
Cala-me com tua boca em minha boca liquidando todo esse meu querer.
Pega-me em teus braços como no frio de um entardecer para que no meu explodir tu possas se aquecer.
Acompanha minhas linhas sujas de prazer para que no seu embranquecer eu só possa ver você.
Mata-me de prazer para que no meu renascer eu já não precise mais te querer.
Afaga-me com tua mão na minha pele despertando todo o encarne deste meu viver.
E mais uma vez eu quero te ouvir dizer: “Te amo no período destes momentos e até o seu morrer”.
GOMES, L. S.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Roubador de amor


Roubador de amor

 Teus lábios tão pertos e já não pude tocar.
Tua pele suave tão leve e branca e não pude acariciar.
Teu corpo selvagem tão perto e não pude abraçar.
Tua essência nativa e simples foi o que pude olfatar.

Teus risos e sorrisos e pude apenas contemplar.
Tua fama recorrente eu pude apenas agraciar.
Teu enrijecer aparente eu queria muito tocar.
Tua maravilha cátedra foi o que me restou a observar.

Teus sentidos tão perdidos já poderiam me encontrar.
Tua mansidão revelar-se-á na vastidão de um: “Eu vou para sempre te amar”.
Teu sem sentido entardecer pode de novo reviver em um novo amanhecer.
Tua cantiga amiga poderia para sempre ser sentida.

Teus toques poderiam ser muito mais que um simples concentrar.
Tua cama já não seria uma cama se fosse o palco daqueles se amam.
Teu tocar seria muito mais que um contato poderia ser a ardência de nossos contatos.
Tua cadência é feita de magia tão velha amiga que capricha nas nossas futuras alegrias.

Teus minuciosos “partiu” ferem-me com sorrisos primaveris.
Tua face permanece presente mesmo que na ausência de tua carne.
Teu clamor reservado conduz os murmúrios deste meu viver.
Tua chama de amor esquenta mesmo que na sua ausência e na minha presença a paixão deste velho roubador de muito amor.
GOMES, L. S.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Renasça para querer ser


Renasça para querer ser

Hoje deixo os prantos destes meus sentimentos amáveis de lado e exponho as indignações destes teus criticar sem o menor se aprofundar.
Aprofunde-se em conhecimentos técnicos, macabros, bizarros, afáveis, e até irreais quem sabe no teu princípio signifique alguma coisa neste meio fim.
O fim é muito mais além do que um ponto final, é a marca expressa pelos caminhos percorridos de quem até não soube amar, mas que cativou em viveiros as lamúrias de muitos viver.
Viva muito mais do que a plataforma deste teu “transformar”, renasça, surja, mova-se de uma campo para outro vá além do que a sua imaginação reles mortal possa te dar.
Leia de tudo, experimente quase tudo, ou tudo certifique-se de teus conceitos foram extrapolados, romperam a mera existência de um julgar sem experimentar.
As experiências deste teu viver podem até ter sido fantásticas, mas no amanhã serão apenas fagulhas de uma lareira seca que nunca conheceu o prazer ardente de um amar.
Ame o novo, o velho e aquilo que vier, mas não esqueça de não julgar, pois as práticas exercidas pela tua mão direita tua mão esquerda não há de saber para que no compartilhar de suas forças surjam as fantásticas alegrias de um novo ressurgir.
Ressurgir no mundo de palhas de aço pode ser sugestivo, mas não se compara ao esplendor de uma bucha velha natural.
Antes de ser a arma secreta que muda o mundo, seja a gatilho que transforma o teu viver, o meu viver e de outros seres.
Seja muito mais que experiências vividas, seja além de palavras ditas seja o que lhe permitir e remontar ser, não o que esperam que seja para que no teu sucumbir o nosso expressar seja muito mais que apenas um “morri”.
Morra todas as vezes que precisar, sofra quantas vezes precisar expressar, queime todas as migalhas destes velhos preconceitos, mas nunca esqueça de renascer como um novo ser.
GOMES, L. G.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Te completar eu desejaria


Te completar eu desejaria

Dos sorrisos incertos contemplados em sua boca, um velho, médio e um novo prazer.
Dos cânticos amassados pela borda de um entardecer eu sempre observei você.
Dos mergulhos aventurados em um novo amanhecer eu queria possuir todo o teu ser.
Das vestes que nos cruzam, as mortalhas deste teu viver regado de um possível bem viver.

Dos teus lábios discretos e beijos encobertos no hoje eu queria te ter.
Dos teus olhos discretos e peitos abertos ao teu prazer eu devo querer ter.
Dos mais diversos e complexos pedaços deu ser, uma reinvenção no mundo seria poder lhe compreender.
Das mais belas palavras que eu ousaria ter, já nada significaria se tu não quisesse mais me rever.

Dos sentimentos mais cativos que me ousaram nascer eu queria senti-los junto com você.
Dos assombros que posso causar em você, juro que quando acabar o teu “novo” eu, eu ainda sentirei você.
Dos sentimentos que emanam de teu ser inconscientemente todos amam a você.
Das bobagens que podem parecer eu gostaria muito de poder reconhecer este seu você.

E dos milhões de pensamentos que surgem em sua memória buscando um outro ser eu diria que não sou perfeito para você, mas quero é completar todo este teu brilhante e singelo ser.

GOMES, L. S.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Dentro de meus sentimentos


Dentro de meus sentimentos

De versos em prosas as mimosas formosas de lindos jardins.
De cânticos românticos os meros romantis de teus lindos seios fabris.
De cortes e holofotes os teus belos quadris.
De lobos e cordeiros febris uma simples tela de teus sorris.

De lamúrias e canduras primaveris as mínimas partes de teu parti.
De assombros e pestanejos no teu corpo o meu mais puro desejo.
De pele e sentir os gozos do seu regredir.
De momentos gasosos ao lodo desses sombrosos quero morder teus ossos.

De mil devoções aos prantos dessa paixão, mais uma decepção.
De palavras rochosas e usos verdadeiros o seu nome ainda é verdadeiro.
De verdades não ditas a mentiras acometidas as manchas que ficaram perdidas.
De ferros e máquinas mal compreendidas os buracos desta tua partida.

De milhões de sentimentos aos poucos consentimentos a partilha dessa minha alucinação.
De uma carência tão inexpressiva aos prantos dessa paixão os meus versos sem noção.
De uma fagulha de desejos aos meios de meios as lamúrias de meu desejo.
E de toda uma devastação a mais bela alegria acometida desse pobre e humilde coração.
GOMES, L. S.

Estas linhas que nascem


Estas linhas que nascem

Ao passo que cada segundo se vai tento discorrer linhas tão belas quanto eu pudesse ser.
Discorro sobre o céu que de tão intocável ultrapassa a barreira de uma exatidão tão ilusória e entristecida.
Ilusória são as palavras profanadas no calor de uma mera sensação, no atenuar de uma emoção e na chama de uma simples paixão.
As chamas que queimam nessa vida transcendental já não são as mesmas que florescem no viver de um ser ocidental.
Ocidente é a terra da libertação, tão clara e rígida quando uma alucinação, a alucinação de uma crença tão descrente quanto à desavença destas nossas crenças.
Crente são as vidas que ressurgem no oriente acalmada pelas palhas dessas linhas salientes.
Saliento sobre a vida que quero viver, mas que no esvaziar deste meu reles ser, resta-me apenas um velho viver.
Velho posso ter sido, posso ter sentido e até morrido, porém renascido eu também quero ser.
Sinto nas lacunas de cada novo entardecer os golpes machadados destas linhas que nunca devem morrer, morrem neste meu último suspiro, mas renascem a cada novo escrever.
GOMES, L. S.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Pensamentos Livres #2




“Com a cadência de meus assombros cuspo de volta meus sonhos, no embarcar de minhas emoções os delírios de minhas sensações. A cada novo regredir uma chance de não mais o servir. Sirvo com tristeza minhas mesas, para que o seu repartir eu possa sentir e no sentir dessa nova humilhação todos os meus ódios renascerão”.
GOMES, L. S.


“Desfaço-me das lembranças que já não posso ter, pois no seu conter eu já não poderia mais viver, viver de forma rústica e suprimida é o que restou daquele nosso bom conviver, mas que no agora eu devo apenas dizer: “Eu já posso viver sem o teu conviver”“.
                                                         GOMES, L. S.



 
“Derreto-me sob as chamas ardentes desse velho amor, para que no escorrer de minhas águas eu possa abraça-lo com muito mais ardor”.
GOMES, L. S.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Pensamentos livres #1


“Amo na ausência de palavras e na indelicadeza de uma flor.
Morro a cada novo sofredor, mas sempre renasço com ardor.
Sou o poeta, o que sofre pela mínima dor de não ter o teu pudor.
Vivo inspirado a cada novo segundo, não pelos meus ardores perdidos, mas pelas fábulas que vêm vindo.”
GOMES, L. S.




“Escrevo de forma poética, pois mesmo que se minhas palavras forem distorcidas elas saberão que foram sentidas. Um bom dia para você que ama na presença de um silêncio e que perde a cadência na penumbra de sua presença”.
GOMES, L. S.





“Apaixono-me por sentidos vorazes, paixões palpáveis e ilusões desagradáveis. Estou mais uma vez construindo castelos sob o medo de outro ser, mas mesmo que amando sozinho eu não para de amar”.
GOMES, L. S.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Autopsicografia


AUTOPSICOGRAFIA

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.
       
(Fernando Pessoa)