Ainda
Ainda vejo o teu sorriso
comprimido, sina daquele que não me queria nem como um bom amigo.
Ainda penso no barato do teu
corpo rejuvenescido pelo toque do meu corpo sem muito equilíbrio.
Ainda penso naquela não promessa
de amor, que para mim se configurou como um show de horror.
Ainda sinto o teu eu a me
abraçar, em busca daquilo que eu podia te ofertar. Ofertar eu te desejaria algo
bem mais forte do que nós naquela cama fria.
Ainda sonho com tua face
bonita, sendo rasgada pelas lacunas de um pobre e indecente desejo.
Ainda fico sem saber se devo
lhe dizer que eu queria lhe ter para muito mais do que o teu querer.
Eu quero, nestas linhas lhe
fornecer os dados daquilo que já não posso esquecer, mas que devo seguir sem
ter, pensando em encontrar um novo bem querer.
GOMES, L. S.

Nenhum comentário:
Postar um comentário