quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Nada

Nada

Se minhas ações não foram suficientes para te convencer, imagina o que este mínimos versos poderiam fazer? É, nada.
Tudo sendo construído. Uma imagem firmada, sendo esvaziada a cada ferroada. Mas, não ha nada que se possa dizer, quando nem o meu melhor pode servir para ter.
Eu fico a refletir, o que eu fiz para merecer tamanha insensatez, pois diante de tudo que tu me fez, só tentei. E como nada, isso não significou nada, NADA.
A pressão, a fama a perseguir, a frustração tornou-se algo irritante a me seguir.
Pensei em acabar com toda a chance de isso novamente me controlar, mas faltou-me coragem de silenciar essa tua voz que insiste em me perturbar. Porém, eu só queria descansar, já não quero mais brincar.
Ouvi dizer que se pedir com vontade, a coisa desenrola, já passou da hora do fim dessa história. O porquê de isso tudo acontecer eu já não quero saber, eu só quero desistir de viver.
TEIXEIRA, Rodrigues

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Momento solto

Momento solto

Dos lábios cerrados, um sorriso, tímido, e  lindo, mas que esteve escondido.
Das mãos macias, um toque suave,  e o abraço, inesquecível.
Dos momentos, a “claridão”, ainda ouço as batidas do teu coração.
O impulso, o meu eu a te chamar, o que te fiz para sumires no ar?
A fonte, a inspiração, pela tua emoção as linhas são guiadas pela minha mão.
O que te falar, quando vejo o teu belo olhar no canto do meu pensar.
O teu pseudônimo eu não pude profanar, mas só quero deixar algumas linhas para expressar todo o sentimento daquele momento solto no ar.

GOMES, L. S.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Ausentou-se do lar

Ausentou-se do lar 

Eu quis te compor uma canção, mas as linhas de minha “claridão”, não se comparam com sua escuridão.
Te fiz o jantar. Cuidei das plantas e do lar. Mas sem mais querer cuidar, desprezastes o meu falar.
A beleza. A simpatia. A alegria até me invadia, no entanto, depois de te ver se ausentar, eu acho que é hora de me ausentar.
Já chega! Eu devo falar: “nos encontros, eu pude te sonhar, mas e agora? Devo apenas voltar para minha jornada de ovelha desgarrada, solta no ar?".
Droga, por que te desejar? Eu só queria que fosse algo legal, mais forte que o ar. E agora, estou aqui discorrendo sobre o momento, e o vácuo que se encontra no lar.
É o fim, devo partir, sem ao menos questionar o porquê de não teres a coragem de ousar.
GOMES, L. S.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Não pude tocar

Não pude tocar

Seu rosto eu não posso tocar, mas sua face permanece no canto do meu olhar.
A sensação, uma estranha situação, por que eu estou aqui tentando entender o não?
Não sei o que te falar, eu só queria te completar, fazer sonhar, mesmo que o medo te ousasse perturbar, eu seria o cara certo para te segurar.
Não me entendo, eu não te entendo, toda a chama que era mínima no passar, em mim queimou os detalhes daquele passado presente no meu lembrar.
Ia te oferecer um cigarro, ou um maço, mas eu não fumo, nem sei assoprar, só sei, ou tento, “cancionar” as angustias de não saber te esperar.
Eu histérico, tive que te elevar além das rimas rotineiras do meu falar, para quem sabe tocar o mínimo do teu eu, que é distante algumas linhas do meu tocar.
Sua face eu não sei, seu nome eu não chamei, eu fico aqui discorrendo sobre aquilo que nem amei.
Agora, já era, essa pode ter sido a carta final para um não mais falar, mas antes que se despeça tenta lembrar que a única coisa que fiz, foi querer te contemplar.

  GOMES, L. S.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A me usar...

A me usar...

Levei flores, fui algemado.
Lhe disse cafonices, só me falou luxurias.
Cantei para dormir, não quis me deixar dormir.
Lhe ofereci o meu amor, só quis uma parte de mim, com muito ardor.
Tentei lhe cativar, só quis os meus pés enroscar.
Lhe disse o que não devia, ficou apenas com o que lhe cabia.

 A face, a proposta eu quis lançar, mas só pensava em me beijar.
Te desenhei, te poetizei, mas só queria me usar.
A frase, uma questão, só me usastes por puro tesão?
Te questionei, te sondei, mas no que eu não reparei, foi a tal chama a nos enfeitar.
Agora, parado, deixado, te vejo distante de meus lábios, mas o que te falar, quando só do corpo pudestes experimentar? 
GOMES, L. S.


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Quis

Quis

Eu te quis por mais de um segundo, mas em milésimos te vi parti.
Me feri, eu senti, todas as tuas lembranças  daqueles mínimos momentos ficaram guardadas em mim. 

Eu quis, eu quis te carregar, mas nossa idade era algo muito complexo de lidar.
Eu quis, ah se eu quis te trazer bem para junto de mim.
Eu tive que te (re) encontrar, para poder te falar, que me ganhas-te no primeiro olhar.

A chance, a tremenda emoção, porque você mexe com o meu coração?
Me acolhe, me encontra, me deixa fazer, o que nenhum cara pode te oferecer.
Me clama, me chama, eu preparei toda a nossa cama, não, não é só sexual é algo além do carnal.

Eu quis, bem que te quis, para muito além do que eu te fiz.
Eu quis, eu fiz um monte de planos para te ter aqui.
Eu quis, eu te (re)quis, e agora eu te pronuncio essas linhas daquilo que quis.

Vem, não me esquece, me contemple e me ame, porque eu não apenas te quis, eu te faço um verso, te canto em prosa, para poder ousar sentir aquilo que pulsa em meu peito bem aqui.
Aqui deixo uma subjetiva proposta, e aguardo a tua resposta.
GOMES, L. S.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Incomodo coração


Incomodo coração

 Um (re)encontro, um ataque cardíaco quase iminente, por anos tudo ficou guardado em minha mente.
Um simples movimentar, e pronto, você estava bem ali diante do meu olhar.
As palavras a me enlouquecer, eu queria tanto poder te tocar, te ter, te bem dizer, ou simplesmente um carinho poder te fazer.
Mas, e agora?  Será que essa sensação também te enche de glória? Se a ti eu não sei, mas pelas linhas circulares de um “eu sei”, percebi que passou a minha vez.
A lembrança, o sermão, o teu doce olhar que sempre fez meu coração ficar na mão.
Eu não sei mais o que te dizer, só sei que deixo exposto o que não deveria fazer, pois cada linha esconde uma gratidão, que nem mil levas de coração, podem dominar todas as chamas deste incomodo coração.
GOMES, L. S.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Sem esquematizar

Sem esquematizar 

O som, o suspiro, eu te vejo ainda aqui comigo...
Me chama, me aclama, me ouve bradar que ainda estou a te amar.
Te quero, te espero, te contemplo como alguém “insério”.
Na aula, na rua, ou no ar, teu cheiro eu reconheço em qualquer lugar.
O porquê da questão é mais difícil de encontrar, do que a razão da multiplicação de algum logaritmo, que tive mencionar, só para não perder a chama de toda a questão.

 A ferramenta, a câmera a filmar, 1, 2, 3, vamos gravar!
Clica, grava, suspira, que canção eu poderia citar para nos ilustrar?
Ai, lá vem, eu não queria te expor sem mencionar, que antes de ti, eu sou muito mais forte por saber me amar.
É hora, já chega, tenho que encerrar, pois nas linhas fazias deste meu “esquematizar” sou apenas um bobo a nos representar, sem saber que aquilo que se sente, é muito mais forte do que qualquer linha possa expressar.
GOMES, L. S.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Investigar é uma dádiva implantada no olhar

Investigar é uma dádiva implantada no olhar 

Caminhar é não aceitar o estado de inércia, e por si só essa já é a nossa tarefa.
Para observar, pode-se até pausar, porém essa dádiva exige sabedoria no olhar, no entanto, jamais parar, pois essa é a prática de alguém que não pensa em mudar.
As rotas podem até variar, mas o objetivo final é um troféu que se pretende agarrar, e mesmo que tenhamos que passar, embarcar, reembarcar, voltar e até mudar, porém nada deve atrapalhar a nossa observação e estudos para o nosso sonho alcançar.
As pessoas, as pedras e as chamas podem até insistir em nos perturbar, mas não se esqueça do que esta a investigar, pois isso é um grande passo que nos fará caminhar. Agora, se alguém teimar, perturbar e te irritar, não esqueça que também é preciso ignorar, pois os seus sonhos são sempre maiores que esse tal alguém que só sabe falar e que não vai te estudar, ou te acompanhar no seu constante buscar e praticar.
Há muito que dizer, mas a principal lição aqui a se deixar, é que nunca devemos parar de investigar, seja aquela diferença de “mas” ou “mais”, até como a poeira galáctica interfere no nosso ar, o importante é sempre questionar!
GOMES, L. S.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Conversa com uma amiga sobre a tal Carência

Conversa com uma amiga sobre a tal Carência

Eu: - Vou te ensinar uma coisa: “NINGUÉM PRECISA SABER QUE ESTÁ CARENTE, NINGUÉM”
Ela: - Somos carentes, ou melhor, estamos carentes é a vida e ninguém pediu para estar assim.
Eu: - Se tem uma coisa que tenho aprendido estes dias com o meu relacionamento atual, é que relacionamentos não vem prontos, e se eles vierem você tem, literalmente, que ser um meio termo, nem muito, nem pouco, isso é extremamente difícil, mas a primeira coisa que temos que ter,  é consciência que SOMOS CAPAZES de superar isso e tornamo-nos esse meio termo, esse equilíbrio. Temos que ver e entender que se alguém quis estar ao nosso lado é por que quis estar, não por pena ou caridade, mas porque gosta de quem somos, ou no mínimo se interessa por aquilo que demonstramos ser, e que somos maiores que as chagas que ela carrega na sua vida. Assumir a postura de que estou atrapalhando, de que o problema “sou eu”, ou ainda, de que os outros é que não servem que estão em outro momento, ou “eles que não me procuram” também é errado, pois somos humanos e como tais, já somos ímpares por natureza, e sim, somos sozinhos e carentes, MAS NINGUÉM PRECISA SABER DISSO, porém, temos que ser forte suficiente e isso torna-se relativamente fácil, quanto aceitamos o fato de que para amar o próximo, temos que nos amar primeiro e acima de tudo sermos aquilo que queremos encontrar!
Nada de esperar acontecer, temos que fazer acontecer! Não é por que o celular não toca que ninguém vai ligar, ande, faça contato, encontre meios, frequente novos ambientes, esteja disponível para ver e ser vista por aqueles que deseja encontrar e assim o telefone tocará, sem precisar que você se esforce. Um novo amigo pode surgir, e quem sabe essa amizade vire algo mais?! Agora, não coloque barreiras pelo fato de serem amigos, ou voe prefere namorar o inimigo? Por isso, eu insisto que NINGUÉM PRECISA SABER DE SUA CARÊNCIA, NINGUÉM!
Ela: -  Tudo bem, não está mais aqui quem estava carente!

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Bogotá

Bogotá

 Uma linda cidade com muitos mistérios no ar, Bogotá é a linda cidade bem acima do nível do mar.
O seu olhar é marcado pela vegetação verde que se pode notar, mas os “tijolinhos” são também uma marca incrível do lugar.
As pessoas, ah, eu devo citar, pois são tão bem vestidas e educadas no falar que eu me rendi a todo aquele charme emanado sem muito pestanejar.
A chama, o batalhar, o povo a lutar foram algumas das lições me passadas sem muito questionar, pois pareceu que todas as pessoas sabiam muito bem das raízes do seu lar.
A cultura eu pude notar que perpassa por todo o lugar, em vez de um som de inglês, havia um “espanhol” a hablar as músicas tradicionais as quais eu cheguei até a bailar, pero eu não sou muito bom no “salsar” e também no hablar, mas o que quero destacar é que respira-se muito a cultura naquele lugar.
Ah, também devo citar que a limpeza também foi algo que pude observar, aliada com uma boa estrutura no transporte, mesmo que com muita, mas muita gente a usar, essa cidade tem um bom futuro a lhe esperar.
Para poder terminar, eu devo dizer que quero muito voltar para lá, pois também encontrei amigos que sem muito falar português puderam se comunicar com o menino que está aqui a gravar algumas das lembranças do belo lugar, que mesmo distante das minhas mãos neste momento a registra, posso sentir ser protegida pelo deus solar que já foi muito aclamado por lá.
Bogotá é a linda cidade bem mais diferente do que você consiga imaginar.
GOMES, L. S.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Agradecimento


Hoje irei fugir um pouco da minha linha aqui no blog, mas quero deixar eternizado estes meus dizeres para que o mundo possa ver como é bom compor um espetáculo.

 Para Renata, Tati, Weidy e Marcus,

No desenhar de algumas palavras composta pelos “gramas”, já podíamos notar o que estava a nos esperar, nas palavras desenhadas existiam vários sonhos a se realizar, mas nada poderia rolar se nós não estivéssemos a contar 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, com a tia Tati a nos falar.
No decorrer no nosso momento espetacular, eu aqui vou lembrar que até o Marcus teve seu momento de dar show dançando para nos enfeitiçar, mas espera eu não sei se cito as baianas, índios, negros ou portugueses ou simplesmente digo a galera do mapa que foi de arrasar! Ei, não devo esquecer-me de falar do Weidy que também estava a sambar com o pessoal do suporte que estava muito a ralar, pois sem eles nós não poderíamos brilhar!
Já está na hora de lembrar que tem a Renata que estava sempre a nos inspirar e pelas nações, nós sempre estávamos a cantar aquela frasezinha: “Espanha, Itália, desmanchou, Japão, México e girou, Nigéria, Taiti, abaixou, Uruguai, Brasil apresentou”.
Eu queria não rimar, mas ai eu poderia perder a chance de cantar toda a magia que foi estar por lá, mas nada seria tão eletrizante como o trabalho de equipe que foi bem desempenhado por toda essa galera que aqui está.
Por fim, eu fico aqui a dizer que eu meu nome e em nome de toda a equipe se me for permitido assim fazer, MUITO OBRIGADO a vocês coreógrafos que nos abrilhantaram com muito mais do que um simples fazer, mas nos mostrando como é ser sucesso sem muito se enaltecer.

Eu queria muito poder dizer o quanto fui honrado de poder os conhecer e aprender como é ser gigante, sem muito se aparecer. Obrigado mesmo! E Parabéns pelo trabalho, pois sem vocês nada poderia acontecer, SUCESSO!

Respeitosamente,

Lucas Gomes

terça-feira, 11 de junho de 2013

Um louco que ousará dizer que ama

Um louco que ousará dizer que ama
 Pronunciou palavras que configuraram o meu olhar, mesmo que distante o sentimento ousará ultrapassar as fantasias de qualquer eu a sonhar, porém suas ações revoltaram todo o meu eu que estava a te cantar.
A sua beleza era a personificação da divindade construída pelo seu olhar no meu olhar, da sua mão, do seu falar e principalmente do seu dançar, pois nas figuras desenhadas pelos seus braços no ar, a fantasia edificada pela minha mente a navegar já havia me destinado a ter um pouco deste teu amar.
Amo-te no seu pouco falar, na sua forma educada de me menosprezar, no seu se exibir para a plateia que queria te devorar, porém, jamais te amar. Amo-te pelas causas pequenas, pelas naturezas diversas que estava a nos mostrar, pela paciência infinita demonstrada no falar, mas acima de tudo, amo-te pela capacidade infinita que tu tens de amar. Amo-te não pela presença, ou simples aparência, amo-te pela forma exagerada deste meu eu que esta diante de ti querendo profanar aquilo que é mais seguro diante do nosso olhar, ou de um simples abraçar.
No fim, o que minhas palavras não puderem causar, eu imagino que o corpo de um outro alguém poderá te aliviar, mas quem sabe a obra de um bom autor em alguma hora te fizer recordar deste otário a te profanar, saiba que estarei a lembrar do teu doce olhar, mesmo que sendo para me menosprezar por eu ser um louco exagerado dizendo que queria te amar pelo atravessar destes poucos dias que estivemos a conversar.

GOMES, L. S. 

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Encontre-me além do olhar

Encontre-me além do olhar

O toque, o seu corpo a me abraçar, teu doce aroma perfumava mais do que o ar.
O instinto a me segurar, pois eu queria muito mais do que o teu simples olhar.
A fantasia, as pessoas a passar, no descolar do nosso corpo eu queria por muitos outros segundos te contemplar.
A mínima distração, com muita exatidão escorrer-te dos meus olhos no meio da multidão.
A chance, o momento meio inoportuno, mas as palavras que eu deveria profanar se orquestraram como num se rebelar, pois você estava lindo e já distante do meu olhar.
Eu poderia muito mais do que lhe dizer através deste meu humilde discorrer, mas eu sou como o poeta que finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente, para que no meu sentir eu posso pelo menos lhe ouvir, ou ver você sorrindo para mim.
As palavras podem ser um tanto quanto vazias, mas as expressões que delas emanam poderiam apenas significar que eu quero bem mais do que o teu olhar.

GOMES, L. S.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Eu Quero Ser Possuído Por Você

Eu Quero Ser Possuído Por Você

Eu quero ser possuído por você, pelo seu corpo, pela sua proteção, pelo seu sangue.
Me ama!
Eu quero que você me ame e fique eternamente me amando dentro de mim. Com sua carne e o seu amor. Eternamente, infinitamente dentro de mim me envolvendo, me decifrando, me consumindo, me revelando...
Como uma tarde dentro do elevador, no verão, voltando da praia e você me abraçou e eu te abracei...
 E quanto mais eu me entregava, mais nascia o meu desejo, Mais sobrava só o desejo, e mais eu te queria sem palavras, sem pensamentos...
A vida inteira resumida só no desejo da tua boca dizendo o meu nome, Da tua mão conduzindo a minha mão, Do teu corpo revelando o meu corpo, Como se o mundo fosse pela primeira vez, Você é o meu ponto de referência nessa cidade..." 
Maria Bethânia

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Admirando-te


Admirando-te

Um encanto, a simpatia, a sua beleza simplesmente irradia.
A multidão, muito a ensinar, pelas coreografias, já estava a nos enfeitiçar.
O seu jeito um pouco demonstrar, mas além desse seu disfarce eu já estava a te contemplar.
A fala, um simples dizer, bem que eu podia te ter.
Minhas falsas rimas, o meu pouco a te oferecer, eu só queria mesmo era lhe dizer, que mesmo distante eu estou aqui querendo este teu bem querer.
GOMES, L. S.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Parabéns a outro alguém


Parabéns a outro alguém

A minha idade, o tempo que passa, o mundo que não retorna, o dissipar do segundo, a fantasia de um aluno, o momento oportuno, na estrada que fica hoje, eu não me reconhecia.
As músicas que tocam, são quase as mesmas do passado, a Elis ao fundo que divide o palco com Marisa, Adriana, ou quem sabe Cazuza, uma herança que não se rotula, mas que vem por baixo da blusa.
A minha mãe que me liga, ouço uma velha amiga que fica a ligar tanto para desejar aqueles nobres Parabéns que se desejava escutar, quanto para me dizer que eu estou a me desesperar, e que devo imediatamente parar.
Minha angustia fica a aumentar, porque todos dizem que eu seria de “arrebentar”, mas ninguém me perguntou se eu queria apenas profanar, ou fantasiar em uma pequena noite no bar, ou sei lá eu por onde, na real, eu só queria estar longe.
Longe meu instinto me leva, mas a saudade me aleija, volto, e ouço quem sabe o Tom dizendo que a vida é pau é pedra é o fim do caminho, mas quem disse que eu teria chegado ao fim do caminho quando minhas linhas só estavam a comprovar que eu estava a envelhecer e não a morrer (propriamente dito), eu só queria poder dizer: “amei até morrer”, ou algo assim, menos exagerado, “sou louco por não ter nenhuma obrigação por fazer”, mesmo sabendo que o mundo não para quando seu coração está quebrado, já diria o bom Shakespeare.
No fim, é apenas mais alguma ingratidão daquele que deveria amar o mundo sem nenhuma razão, mas eu teria que dizer que a cama de linho branca, a pouca luz, ao som de Piaf a cantar, e um vinho a tomar seria uma cena clássica para quem deseja se matar, no entanto, a fome de transcender, e estourar é algo bem maior, mesmo sabendo das implicações dessas alucinações, porém eu não deveria terminar sem ao menos citar o meu eu que  segue a cantar algumas balbucias de um coração a sangrar por estar só, sem muito poder poetizar.
Na falácia de meu desejo, os cortejos do meu eu a caminhar, sem muita esperança de voltar, pois a chama tende a se apagar.
Apaga-se as tristezas e até as chamas de um eu a profanar, mas nunca as chamas deste meu eu a me apaixonar. Parabéns por você ser de algum lugar, espero que no teu retornar você possa encontrar em fim o seu lugar.
GOMES, L. S.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Para Thaís

Para Thaís

            Uma pequena na imensidão do seu mar, uma gigante na arte do explorar.
Teus olhos foram as faíscas para a nossa paixão, paixão que fugiu de ser carnal, transcendeu e se configurou com algo imaterial.

Tua força perdida na imensidão de suas fantasias, tornaram-se suas maiores brigas, aliás, as novas brigas, brigas não de se odiar, mas de poder relatar tudo que pudesse orquestrar, e até o que não pudesse ser orquestrado, pois na nossa fabulosa magia, o que vingaria era a nossa experiência de forma empírica.
Teu compor é muito mais que um simples discorrer, é penetrar na alma de alguém sem ao menos saber.
Teu desejo é mais forte do que o teu querer. Pois mesmo me falando de teu sofrer, tua amas mesmo é poder viver. Viver na forma lírica poderia ser um dos campos do teu resplandecer, mas preferes a boêmia e o charme que tem todo o teu sonho projetado para um novo viver.
Tua figura forte, sorridente e envolvente, é muito mais contente do que a tua realidade aparente. Por isso, não culpe-se pelo momento, simplesmente  chute a bola para frente, e nem argumente, só desfrute aquele mínimo momento.
Tu me disse-te : "Quando a pessoa é boa ela vira literatura", mas não me ouvis-te dizer, que eu já tinha estes versos para lhe ter presa em um eterno bem dizer, pois Thaís é muito mais do que um querer, é transcender tudo aquilo que eu pudesse ousar conhecer.
Não se configura. Não se rotula. É muito mais do que sonhamos ser, é você sendo eternizada para o mundo através deste meu reles ser.
GOMES, L. S.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Uma manhã qualquer


Uma manhã qualquer

O telefone toca, acordo quase exatamente no mesmo horário que ontem, sento na cama esperando algo acontecer, talvez seja o meu processador que ainda não iniciou. Depois de alguns minutos, um desejo insiste em gritar: “Levante-se e vá amar”, perturbo-me por não entender direito como algo sem muita objetivação conseguiria me ordenar a amar, não sei, não compreendo, só sei que já passou da hora daquela ducha matutina. Enquanto água que gelada escorre pelo meu corpo fico projetando, ou mesmo traçando o desenvolver de mais um dia, ainda sem considerar que eu não posso fazer o tal “amar”, mesmo assim o banho prossegue sem muitas delongas para que no escovar de meus dentes, pelo menos a higiene bucal seja completada com sucesso, me sinto no jogo clássico de Mário Bros, apenas passando de fase sem muito questionar, apenas esperando ter um objetivo final a cumprir.
Depois de toda a assepsia, um momento tenso sempre teima em se aproximar, no reflexo do espelho, um alguém normal, com traços normais de que ousará viver, mas na carne que fica sobre os ossos, um outro alguém perdido, sem mãe, amigos, irmãs, ou quem sabe daquele  “eu abrigo”, o devaneio é deixado de lado, seria um causo triste, mas sucesso são os filmes de ação, por isso vestido daquele sorrisão eu tranco a porta e caminho rumo a uma nova imensidão.
GOMES, L. S.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Ser de uma sala só


Ser de uma sala só

Passou pela fenda da porta. Fitou-me com um olhar desconfiado. E eu ainda desconfigurado da última expressão do meu viver, eu estava ali em pé, enquanto ele sentou-se meio sem graça; embaraçado pela situação, mas sem perder a sua postura elegante e fina.
Eu, de certo modo estava nervoso, comecei então a falar, a me expor e a lhe explica as certezas que naquele momento eu tinha em meu olhar. Ele sorriu, ouvi tudo que eu tinha falado, expos suas opiniões, contou um pouco de suas histórias, tornou a me olhar nos olhos, desviou o olhar, e continuou a falar. Pegou aquele objeto multi-informacional, colocou algumas referências naquele documento que abriu para registrar não sei se nosso momento, ou algum trabalho escolar. Nosso diálogo silenciou-se por alguns instantes, uma outra porta se abriu, mas dela nada ousou sair. Meu coração estava inquieto, aquela situação era nova para mim, resolvemos então partir. Porém, minutos depois de se levantar ele tornou a me fitar, eu apenas o olhava, contemplava e idealizava seus lábios, e que belos lábios, seus traços eram mais finos do que eu podia esperar, sua tez era macia, descobri isso quando ousei o tocar, meu corpo respondeu quase que de imediato, havia algo muito mais forte ultrapassando o nosso ser, nos primeiros passos que demos, uma grande coragem surgia dentro de mim. O toque, o seu encostar, o local, tudo ousará rodar, a minha decência por onde podia estar? Não sei! Só sei que aquele ser me trouxe algo além do que o meu bel prazer.
Muitos segundo se passaram, o momento continuava a florescer, algo dentro de mim estava diferente, algo novo havia sido implantado por aquele ser. As mãos que suavam, a mente que não discorria, meu palpitar estava muito eloquente, meus lábios só queriam o beijar. Meus braços o queriam abraçar, era algo estranho, uma nova sensação, tão reconfortante, agonizante e sem nenhuma explicação que estavam a me fazer borbulhar no meio de um oceano sem razão. Havia um novo sentimento pairado no ar. No entanto, ele parado em minha frente só sabia me olhar, por fora eu estava sério, descontraído, sorridente, mas por dentro, minha entranhas já estavam retraídas, meu fluxo seguia acelerado, lento, parado, agitado, já não sei explicar, só sei que ele também poderia se expressar, assim saberia que eu não era o único que estava agonizando. 
Era muito mais que tesão, era a própria contemplação de algo que não sabia explicar. Eu só estou aqui tentando narrar algo que eu não sei decifrar, pois além daquela fresta da porta, havia uma canção, uma canção que eu fiquei a ouvir mesmo quando ele estava a me iludir. Agora, eu vejo que toda a minha narrativa ocorreu dentro de apenas um espaço, de uma sala chamada coração, sendo sugada pela razão.
GOMES, L. S. 

terça-feira, 23 de abril de 2013

Caminho do teu beijar


Caminho do teu beijar

“Cancionando” o meu caminhar, eu pude tropeçar nesse teu eu a se configurar, um jeito, uma forma, um traço muito grande que chega a transbordar.
Uma paixão, um mundo em ascensão, nada mais lindo do que esse teu corpo em plena retidão.
Uma falácia, uma demonstração, algumas chamas destes velho coração.
O medo, a angustia, tudo é muito mais do que uma simples ducha.
O teu beijo, o nossos se revelar, o meu eu fica muito mais alegre do que pensaria ficar, o desejo, o momento, as lacunas desse preponderante beijo.
  GOMES, L. S.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Pensamentos Livres #5


Pensamentos Livres  #5
 
“Não chore minha pequena flor, há amores bem mais forte do que a audácia de um corpo podia pedir para ser...”




 
“Não precisava falar 1kg de amor, se meia grama de sexo era o suficiente... E assim partiu, ou melhor partimos”





“Eu queria te dizer que você era meu, mas no palpitar de minhas pálpebras já estavas a nadar, rumo a um novo lar”






“Meu rio é de água doce, doce que meu paladar já não consegue explicar. Explicação eu já não posso dar daquilo que nem mesmo consigo expressar, pois só quem viveu a ternura de minha terra conseguiria cantarolar”.

GOMES, L. S.