terça-feira, 11 de junho de 2013

Um louco que ousará dizer que ama

Um louco que ousará dizer que ama
 Pronunciou palavras que configuraram o meu olhar, mesmo que distante o sentimento ousará ultrapassar as fantasias de qualquer eu a sonhar, porém suas ações revoltaram todo o meu eu que estava a te cantar.
A sua beleza era a personificação da divindade construída pelo seu olhar no meu olhar, da sua mão, do seu falar e principalmente do seu dançar, pois nas figuras desenhadas pelos seus braços no ar, a fantasia edificada pela minha mente a navegar já havia me destinado a ter um pouco deste teu amar.
Amo-te no seu pouco falar, na sua forma educada de me menosprezar, no seu se exibir para a plateia que queria te devorar, porém, jamais te amar. Amo-te pelas causas pequenas, pelas naturezas diversas que estava a nos mostrar, pela paciência infinita demonstrada no falar, mas acima de tudo, amo-te pela capacidade infinita que tu tens de amar. Amo-te não pela presença, ou simples aparência, amo-te pela forma exagerada deste meu eu que esta diante de ti querendo profanar aquilo que é mais seguro diante do nosso olhar, ou de um simples abraçar.
No fim, o que minhas palavras não puderem causar, eu imagino que o corpo de um outro alguém poderá te aliviar, mas quem sabe a obra de um bom autor em alguma hora te fizer recordar deste otário a te profanar, saiba que estarei a lembrar do teu doce olhar, mesmo que sendo para me menosprezar por eu ser um louco exagerado dizendo que queria te amar pelo atravessar destes poucos dias que estivemos a conversar.

GOMES, L. S. 

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