Para Thaís
Uma pequena na imensidão do seu mar, uma gigante na
arte do explorar.
Teus olhos foram as faíscas para a nossa paixão,
paixão que fugiu de ser carnal, transcendeu e se configurou com algo imaterial.
Tua força perdida na imensidão de suas fantasias,
tornaram-se suas maiores brigas, aliás, as novas brigas, brigas não de se
odiar, mas de poder relatar tudo que pudesse orquestrar, e até o que não
pudesse ser orquestrado, pois na nossa fabulosa magia, o que vingaria era a
nossa experiência de forma empírica.
Teu compor é muito mais que um simples discorrer, é
penetrar na alma de alguém sem ao menos saber.
Teu desejo é mais forte do que o teu querer. Pois
mesmo me falando de teu sofrer, tua amas mesmo é poder viver. Viver na forma
lírica poderia ser um dos campos do teu resplandecer, mas preferes a boêmia e o
charme que tem todo o teu sonho projetado para um novo viver.
Tua figura forte, sorridente e envolvente, é muito
mais contente do que a tua realidade aparente. Por isso, não culpe-se pelo
momento, simplesmente chute a bola para
frente, e nem argumente, só desfrute aquele mínimo momento.
Tu me disse-te : "Quando a pessoa é boa ela
vira literatura", mas não me ouvis-te dizer, que eu já tinha estes versos
para lhe ter presa em um eterno bem dizer, pois Thaís é muito mais do que um
querer, é transcender tudo aquilo que eu pudesse ousar conhecer.
Não se configura. Não se rotula. É muito mais do que
sonhamos ser, é você sendo eternizada para o mundo através deste meu reles ser.
GOMES, L. S.
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