Desabafo
Percorro por entre estas
ruas vazias de gente, explano o interior deste meu auditório vazio, grito para
plateias sem ninguém. Detono os restos deste meu eu em conflito no meio dessa
jogatina. Paro, penso, escrevo um pouco destes meus sentimentos, ouço ao fundo
uma água que cai de alguma torneira, nossa como odeio o barulho d´água. Concentro-me
nestes meus dizeres, a coisa do telefone toca, outra notificação daquela rede
social, foco nos meus sentimentos, opa, meu ódio que deveria deixar aqui se
perdeu no meio deste conflito cibernético.
Respiro, Sinto o gelo de meus
pés escorrendo pela cama quase que molhada, deve ser o impacto de um corpo
quente em um lugar antártico, é, é só o meu corpo que é quente, deve ser a
função dele ser assim o tempo todo, mas enfim eu vim aqui para me indignar e escrever esta minha tão distante atenção e
a p... de minha coerência de personalidade (palavras de psicólogo) que nem me
permite culpar os outros por um simples erro que é meu, não me julgue, é assim
que a nossa natureza humana nos permiti ser. Ok, respiro mais um pouco, penso que
muitas pessoas podem ler isto aqui, na verdade quem sabe meia dúzia (dou uma
olhada no contador depois), se a net ajudar lá para as terras do Pará, até os
meus parentes hão de rimar, sem nem eu mesmo tentar.
Droga, fugi dos pensamentos
que originalmente tinha, acho até que devo ter esquecido alguma pontuação, ou
errado na separação do refrão, devo fizer, parágrafo, mas agora eu já não quero
saber, eu só quero escrever pensando sobre aquilo que sinto, por isso devo
voltar a percorrer estas ruas vazias de gente para quem sabe assim seguir ruma
a um novo sentir.
GOMES, L. S.

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