quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Cozinho o que não deveria sentir


Cozinho o que não deveria sentir

Um sorriso, uma nova fantasia que se abre.
Teus olhos, cabelos, boca e sentir, um louco apaixonado eu não devo seguir.
Tua pele, gentileza e modo de agir fizeram o meu eu lhe desejar por vários dias que estão a seguir.
Paro, penso, um tão grande conflito eu me meti, pois sonhar com o sonho materializado não é pecado, mas o problema é que já estás bem casado.
Casado não com o meu corpo encarnado, mas com um outro ser que tende a lhe favorecer.
Instinto, fascínio, ou um simples carinho eu tento não sentir, mas teu sorriso tende a me perseguir.
Prostro-me, ajoelho-me e rezo para te ver feliz, bem mais do que eu poderia lhe fazer sentir. Quem sabe assim a chama de toda essa atração queime rumo a uma nova direção.
Direciono meus pensamentos no que pude refletir, pois cozinhar toda essa loucura que é um “sentir” a primeira vista é muito sutil do que eu ser o infantil.
GOMES, L.S.



“Questiono os sentimentos, mas não concretizo, faço-os tornarem-se fatos, redundante eu sei, mas enfático para não haver um outro entender”.  

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Condicionadas à condição


Hoje existem algumas palavras que teimam a ficar na minha mente, vou compartilhar os pensamentos de uma amiga, que assim como eu tende a escrever não o rende, mas sim o que sente.

Condicionadas à condição.

E quanto às folhas secas nunca mais as vi, o vento levou, quem sabe tenham encontrado outras pelo caminho, empurradas horas a fio. Que destino triste não ter pra onde ir quando a solidão te abraça, vagar por entre ruas e avenidas, expostas a sorte que não lhe pertencem, levadas por um caminho, qualquer deles. Alienadas à liberdade que não escolheram. Sem rumo, sem um porto. Longe da árvore que um dia foram seu lugar.
Ao som de Ruas de Outono
CASTRO, T. d.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Versos Íntimos

Versos Íntimos

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
                                           ANJOS, A. d.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

EncontroS


EncontroS

Caminhando, correndo, um encontro, alguma distração, o primeiro encontro no lugar de se pegar o busão.
Amigos festeiros, um olhar quase intuitivo, uma apresentação, vamos para lá para a diversão. Uma sensação, um pouco de encenação e toda uma festa de nosso primeiro encontrão.
Luzes, sons, batidas e baladas, as magias de algumas crenças sendo destroçadas. Um movimento, um sentimento, um já não sentir pelo beijo que não pude resistir.
Eu fantasia, ele eloquência, a maior discrepância deu-se início a novas sequencias. Um novo encontro, uma chateação os males daquele ambiente em tentação.
O tempo, o silêncio, palavras que não se vão com o vento, a descoberta de uma possível nova alucinação.
Mais luzes, mais algumas tentações, mais alguns bons momentos, mas também outra “luxuriação” carregando-nos para o vão de uma pseudodiscussão.
Encontros, desencontros, uma ação, uma interpretação, um som de Rihanna que ficas a ouvir, enquanto eu de Narciso fico a lhe sentir.
Ações, reações, a face desse ciumento eu já não quisera por a partir, pois já não passa de nada se for apenas eu que tenha que sentir, ainda que nesse teu sorriso eu possa ver muitos caminhos a se abrir.
GOMES, L. S.

Mulher Sem Razão


Mulher Sem Razão

Saia desta vida de migalhas
Desses homens que te tratam
Como um vento que passou

Caia na realidade, fada
Olha bem na minha cara
Me confessa que gostou
Do meu papo bom
Do meu jeito são
Do meu sarro, do meu som
Dos meus toques pra você mudar

Mulher sem razão
Ouve o teu homem
Ouve o teu coração
Ao cair da tarde
Ouve aquela canção
Que não toca no rádio

Para de fingir que não repara
Nas verdades que eu te falo
Dê um pouco de atenção

Parta, pegue um avião, reparta
Sonhar só não dá em nada
É uma festa na prisão

Nosso tempo é bom
E nem vemos de montão
Deixa eu te levar então
Pra onde eu sei que a gente vai brilhar

Mulher sem razão
Ouve o teu homem
Ouve o teu coração
Batendo travado
Por ninguém e por nada
Na escuridão do quarto

Ouve o teu coração
Ao cair da tarde
Ouve aquela canção
Que não toca no rádio
CALCANHOTTO, A.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Ramificações


Ramificações

Mundos, planetas, minha profanada ilusão.
Fantasias, devaneios, muita significação.
Palavras, canetas, caracteres, a ausência de uma simples solução.

Medo, solidão, perdido ele ficou no meio da multidão.
A canção, a audição, os ouvidos que ficaram sem compreensão.
A pronuncia, o verbo, resquícios de um palavrão que não se vão.

Sentimentos, sentidos e sensações e nenhuma fórmula para a imensidão.
Beijos, bocas e perfumes e essa tão exata solidão, mesmo lhe tendo em minhas mãos.
Um rock, ou o pop star já não sei qual a opção melhor que se deve ficar.

São mínimas, quentes e com um ar de “sofridão”, como que manchas de sangue que ficam no chão.
Sorrisos, acenos e um bom pensamento é o que restou para este momento.
Queimo, luto e já não volto a ver, só sei que este é um pouco do que se ramifica nestes novos “ser”.
GOMES, L. S.

Ofereço-lhe este não amar



Ofereço-lhe este não amar

No silêncio deste meu discorrer, só escuto os passos deste meu velho andar sem muita coisa a ofertar.
Os cânticos de outrora que lhe proferia sem muito lhe agradar pela minha voz péssima ao cantar, agora eu já não sou capaz nem de assobiar.
Dessas partidas, idas e minuciosas vindas, as fantasias lunáticas dessas minhas tão sem graça e imperfeitas rimas.
Já não me cubro de leite fervorosamente adocicado, pois já não me encontro naquele lindo e perfeito estado.
No compasso desse meu minucioso e estranho pensamento, um espantoso desenho, o desenho destes meus rabiscados.
Retomo o pensamento que tinha a lhe ofertar, mas deverás eu tenha a lhe informar que estou carente demais para projetar este “amar”.
Não vivo a lhe perseguir, só sinto o que já não mais se sei sentir, pois nos “Eu te amo” que eu pude ouvir, eu só pude repelir este estranho sentimento que estou a comprimir.
Como se minhas linhas fossem me salvar, eu só quero lhe dizer que tenho a te ofertar o que eu já deixei de amar.
GOMES, L. S.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Além


Além
 Cansei de expor as lágrimas de uma dor que teima em me compor.
Já não sei de onde brotam as mágoas deste meu Eu em sabor, só sei que em um conflito aparente eu estou.
E de todas as mágoas que nem eu sei por que senti, as raízes desta tão estranha e sombria inquietação que abraça o meu mísero coração.
Sinto um Eu deixado para trás, tão sóbrio e só que despedaça sobre um chão sem muita grande atenção.
Estendido no chão eu fico, mas há toda uma preguiça aplicada a esta questão, que este simples gesto de saudação tende a lhe acalmar =).
Não lhe culpo se não me sente, a arte de ouvir, persuadir e ir além deste mero sorriso é a arte que não se vende, é a magia de saber o porquê de seu existir, muito antes do seu partir.
GOMES, L. S.

Desabafo


Desabafo

Percorro por entre estas ruas vazias de gente, explano o interior deste meu auditório vazio, grito para plateias sem ninguém. Detono os restos deste meu eu em conflito no meio dessa jogatina. Paro, penso, escrevo um pouco destes meus sentimentos, ouço ao fundo uma água que cai de alguma torneira, nossa como odeio o barulho d´água. Concentro-me nestes meus dizeres, a coisa do telefone toca, outra notificação daquela rede social, foco nos meus sentimentos, opa, meu ódio que deveria deixar aqui se perdeu no meio deste conflito cibernético.
Respiro, Sinto o gelo de meus pés escorrendo pela cama quase que molhada, deve ser o impacto de um corpo quente em um lugar antártico, é, é só o meu corpo que é quente, deve ser a função dele ser assim o tempo todo, mas enfim eu vim aqui para me indignar  e escrever esta minha tão distante atenção e a p... de minha coerência de personalidade (palavras de psicólogo) que nem me permite culpar os outros por um simples erro que é meu, não me julgue, é assim que a nossa natureza humana nos permiti ser. Ok, respiro mais um pouco, penso que muitas pessoas podem ler isto aqui, na verdade quem sabe meia dúzia (dou uma olhada no contador depois), se a net ajudar lá para as terras do Pará, até os meus parentes hão de rimar, sem nem eu mesmo tentar.
Droga, fugi dos pensamentos que originalmente tinha, acho até que devo ter esquecido alguma pontuação, ou errado na separação do refrão, devo fizer, parágrafo, mas agora eu já não quero saber, eu só quero escrever pensando sobre aquilo que sinto, por isso devo voltar a percorrer estas ruas vazias de gente para quem sabe assim seguir ruma a um novo sentir.
GOMES, L. S.