Coração em realinho
Nas
engrenagens desse velho coração as peças queimam funcionando pelas chamas de
nossa canção.
“Cancionando“
os versos que escorrem pelas veias e artérias deste meu normal ser, eu sinto
lhe dizer, que ainda quero te ver.
Vejo
pela hipoderme toda e qualquer significação que você não sonha ter, bem dentro deste
meu coração manchado de muito mais que um simples tesão.
Excitado
fico, pelas palavras não ditas que apenas sentidas revelam o sabor de nossa
alucinação.
Alucino
com os recortes deste teu ser, queimando-me as entranhas de não suportar ficar
sem você.
Fico
sem a carnificina que é comer, mas não abro mão do nosso antigo amanhecer.
Amanheço
com olhos delirantes, porém nada mais significante do que as lágrimas de nosso
nos reconhecer.
Reconheço
nas náuseas deste meu corpo as feridas deixadas pelo teu antigo ser, mas quero
muito é lhe dizer que eu estranho não poder te ter.
Tê-lo
nos braços eu gostaria, mas estraçalho-te nas minutas destas minhas linhas,
fortalecendo as nossas cantigas e girando as velhas pilhas eu formo novamente
as nossas articulações deste humilde e simples coração.
GOMES, L. S.
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