segunda-feira, 8 de outubro de 2012

As flores que lhe deixo


As flores que lhe deixo

Em rosas brancas escrevo parte desse teu querer.
Quero de novo não te rever manchado de sangue nesse velho buquê.

Em rosas vermelhas exalo o teu doce cheiro.
Cheiro de mansidão de quem não ama, só sente um putrefaz atração.

Em rosas roseadas vários te amam, mas permanecem caladas.
Silenciosa chamas de uma paixão, tão pálida quanto às linhas de algodão.

Em rosas amarelas ficam registradas as marcas de toda essa alucinação.
Alucino com as cores pintadas daquilo que não foi, é ou será este ardor.

Em rosas azuis descanso com louvor para que no meu predispor eu possa ama-lo muito mais que esse avô.
A idade que nos certa é finita, mas a beleza das tuas palavras vazias tornam-se preenchidas pelas cores destas flores macias.

GOMES, L. S.

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