As
flores que lhe deixo
Em rosas brancas escrevo parte desse teu
querer.
Quero de novo não te rever manchado de sangue
nesse velho buquê.
Em rosas vermelhas exalo o teu doce cheiro.
Cheiro de mansidão de quem não ama, só sente
um putrefaz atração.
Em rosas roseadas vários te amam, mas
permanecem caladas.
Silenciosa chamas de uma paixão, tão pálida
quanto às linhas de algodão.
Em rosas amarelas ficam registradas as marcas
de toda essa alucinação.
Alucino com as cores pintadas daquilo que não
foi, é ou será este ardor.
Em rosas azuis descanso com louvor para que
no meu predispor eu possa ama-lo muito mais que esse avô.
A idade que nos certa é finita, mas a beleza
das tuas palavras vazias tornam-se preenchidas pelas cores destas flores macias.
GOMES, L. S.

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