quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Poesia?!


Poesia?!

A poesia é a velha arte que faço mesmo estando esta numa tão iminente extinção.
Extingue-se as mais belas palavras popularizadas em eras passadas, sendo novamente manobradas nas travessuras de muitas cabeças desmioladas.
Miolos são os ingredientes de uma sopa que de tão delicada e forte solidificam a alma dos novos e velhos navegantes.
Navegantes dos mares desconhecidos, falecidos e renascidos e do mais além, pois na vastidão de um pensar a difícil missão de desenhar tudo aquilo que estamos a sonhar.
Sonhamos como o mínimo de um dizer, todos a fim de transparecer a velha arte que é escrever.
Escrevo as últimas linhas dessa não canção, para que na minha última alucinação eu encontre a chama de tua admiração.
GOMES, L. S.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Ilusão

Ilusão

Destes corpos que desejo a infelicidade de nem ter um beijo.
Das ferrugens que por aqui eu vejo as traças que me estraçalham o peito.
De palavras ungidas as tristezas de não tê-las refletidas nas figuras dessas minhas vidas.
As mais complicadas partidas são aquelas que ainda são sentidas por nunca terem sido vividas.
De muitas dores que penso tê-las sentidas as manchas dessas minhas mágoas fantasias.
Devaneio longe nos prazeres de teu corpo, nas mazelas de meu queimar sem ao menos o teu sopro.
Desenho, contemplo e reinvento mais uma paixão, pois nas fagulhas de minha alucinação a certeza a certeza dessa velha solidão.
GOMES, L. S.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Coração em realinho

Coração em realinho

Nas engrenagens desse velho coração as peças queimam funcionando pelas chamas de nossa canção.
“Cancionando“ os versos que escorrem pelas veias e artérias deste meu normal ser, eu sinto lhe dizer, que ainda quero te ver.
Vejo pela hipoderme toda e qualquer significação que você não sonha ter, bem dentro deste meu coração manchado de muito mais que um simples tesão.
Excitado fico, pelas palavras não ditas que apenas sentidas revelam o sabor de nossa alucinação.
Alucino com os recortes deste teu ser, queimando-me as entranhas de não suportar ficar sem você.
Fico sem a carnificina que é comer, mas não abro mão do nosso antigo amanhecer.
Amanheço com olhos delirantes, porém nada mais significante do que as lágrimas de nosso nos reconhecer.
Reconheço nas náuseas deste meu corpo as feridas deixadas pelo teu antigo ser, mas quero muito é lhe dizer que eu estranho não poder te ter.
Tê-lo nos braços eu gostaria, mas estraçalho-te nas minutas destas minhas linhas, fortalecendo as nossas cantigas e girando as velhas pilhas eu formo novamente as nossas articulações deste humilde e simples coração.
GOMES, L. S.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Pensamentos Livre #4


Pensamentos Livre #4

“Desse encante que é te ver regressar, basta eu lembrar, da tristeza que foi vê-lo ir passear.
Saiu como se nunca mais fosse voltar, mas que hoje retorna meio sem graça a me procurar.
Procure o caminho que tomou, pois deste velho amor, nada mais sobrou”.
GOMES, L. S.




“Expanda, cresça e apareça, pois quem sabe assim, você apareça para ir muito além de mim.
 “Mim” não conjuga verbo, mas julgou as tuas ações de antes daquele teu fugaz amor.
Amou-me como um peixe pequeno, mas transcendi a essência desse “amor beta” e lancei a rede  para o além mar de tua paixão e consagrei um enorme peixão”.
GOMES, L. S.



“Segurando em minhas mãos as lembranças dessa paixão, deixo que parta sem alguma emoção, quem sabe assim, eu posso lhe sentir muito mais do que aquele teu velho amor que eu nunca pude sentir.
Sinto as lacunas de tua presença, mas quero que saibas que na sua ausência eu pude amar muito mais do que nas nossas ocorrências.
Ocorreram-me muitas sensações, que todas elas eu guardo no meu coração, mas as tuas eu explodo sem a mínima compaixão”.
GOMES, L. S.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Linda bailarina

Linda bailarina
 
Delicada, simples e muito mais viva do que algumas naturezas impostas nesta vida.
Pelas ondulações bem marcadas de seu corpo a magia de lhe ver longe, estática, saltitante e linda, bem diante deste meu corpo.
Nas riquezas milimétricas expostas por cada balançar de tuas pétalas as mais tranquilas danças expostas juntas ao meu humilde coração.
Contemplando-te vejo a singularidade de teus passos e no seu mero andar vais além do meu escutar, falar, ouvir, sentir e tocar, você facilmente transborda a essência do meu ser, deixando-me prostrado em função de você.
No seu adage a grandiosidade beleza de simplesmente lhe ver existir que gera o fato de saber que podes murchar ou partir.
Parte-se em migalhas de pedaços todas as fantasias que é lhe ter, pois quem pode alcançar a flor de um bem querer?
Quero-te ver nos passos desse balé planetário tão bem desenhados nas marcas desses teus joelhos cansados.
Aqui ficam as cansativas narrativas de quem lhe vê mais que uma bailarina, e que mais ainda, lhe admira pelas tuas fantasias de um belo e aflorado existir.
GOMES, L. S.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Sensibilidade


Sensibilidade

Na sensibilidade que escorre pelos vasos sanguíneos deste jovem ser, as lembranças do que é viver sem te ter.
Tê-lo eu gostaria muito além das cantigas encoradas por cada batida do meu coração, que ainda teima em te querer.
Querer só um dia, uma hora ou até quem sabe um segundo, já me bastaria, pois nas lacunas destas minhas fantasias a completa existência desse teu ser.
Seja para mim como uma ave que plaina no ar, mais que sempre tem um bom lugar para retornar.
 Retorne para dentro de teu ser, pois permanecer dentro do meu já me dificulta o viver.
Vivo cantando, dançando e alucinando por cada múrmuro que ouço do teu simples caminhar.
Caminha passo a passo para o além do seu existir, para que a sua sensibilidade possa eu sentir no momento que teu corpo me reconheça bem diante de ti.
GOMES, L. S.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

TEMPO

TEMPO

Nos traços desses desenhos chamados de Vida, ficam as manias e bobagens destes meninos que por aqui as recriam.
Recriam-se momentos, uivos e até assobios, nas maravilhas e mistérios desse nosso encante de viver.
Vivamos rodeados pela força de um amor, amor de amigo, amor de amor, amor de inimigo, ou até amor falecido, mas vivamos sempre no meio de muito amor.
Amor é a dádiva do homem que floresce regado de um novo amanhecer, sempre tendo uma nova chance de mais aprender.
Aprendamos a olhar o passado, verificar o hoje e transformar o futuro, mesmo que fugindo de uma nova chuva que teime a lhe perseguir.
Persigamos nosso bem viver, seja atolado nas folhas do seu afazer, ou navegando nos sonhos de uma tarde de lazer, o importante é saber ir além do projeto para ser.
Sejamos o espelho da modificação que aqui tanto buscamos, para quem sabe no amanhã exista toda a fama de uma transformação.
Transforme o seu eu, que eu me encarrego de transformar o meu. E assim, seguimos todos caminhando e cantando muito mais além da canção.
Cante os problemas de sua vida, transforme-os em poesias, pinte quadros com todas as suas fantasias, mas o principal, não esqueça de sonhar.
Sonhe com o novo, sonhe com o que vem, sonhe muito além daquilo que te vem.
Venha para o hoje, venha para o novo, venha para o pequeno sorriso que te brota nas lacunas de uma porta que se fecha.
Feche todas as amarguras que lhe surgem, para que no auge da sua doçura surjam as maravilhas da múltiplas fantasias compartilhadas.
Compartilhe seus sentimentos, não viva só, seja mais que um mero existente, transcenda, ascenda e vá muito além, pois no dissolver de um tempo perdido as chamas de muitos arrependimentos intrínsecos.
GOMES, L. S. 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Fere-me


Fere-me

Fere-me com ações retorcidas e com palavras mal ditas, que do nada jamais serão reproduzidas.
Fere-me com toques suaves e noites selvagens a fim de reconhecer-me em pedaços com muitas traças.
Fere-me a cada novo entardecer, porque no seu aparecer, fica muito mais nítido este meu te querer.
Fere-me a cada novo desejo que exponho para teu ser, mas que riscam-se no lapso que é não te ter.
Fere-me por cada dia que teimo em lhe ter como um velho amigo, sempre renascido de um velho sofrer.
Fere-me além das cicatrizes desta minha carne, para que nas feridas de minha grande alma eu possa simplesmente te ter.
Fere-me muito além de todas aquelas palavras ditas e não ditas, seguindo apenas as manias deste velho e simples coração.
Fere-me muito além do meu corpo, fere-me também no seu corpo e fere-me na presença desta sua ausência baixando-me a essência de não ter mais nenhum fragrância dessa sua essência.
E no fim, apenas fere-me na alegria de um machucar sem se machucar para que no meu sangrar você possa ver que eu sigo ainda a te amar.
GOMES, L. S.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Chovendo o que é desconhecido


Chovendo o que é desconhecido

Nas mínimas gotículas dessa água que teima em cair, vejo refletido cada novo sofrimento que projeto e teimo em deixar partir.
Partir eu gostaria para o além do horizonte, para o além do além mar e mais ainda fora da rota deste perdido amar.
Amar sem o auxilio dessa tua bondosa mão, tornou-se a mais pura chateação que perturba este meu grande, explosivo e manso coração.
O coração que trago no peito palpita a cada nova aparição destas fagulhas ilusórias chamadas de solidão.
Solitário eu fico na sombra de um inimigo, para que no reencontro com o abraço amigo a túnica desse sentimento bandido eu possa não mais estar vestido.
Visto as roupas de uma exclamação para que no momento da interrogação eu possa despir-me sem nenhuma alucinação.
Alucino com palavras, para que no momento que essa chuva teime em não passar, eu possa pelo menos carregar as fantasias deste viver sem saber o que é te amar.
GOMES, L. S.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Medo de Amar


Medo de Amar

Você diz que eu te assusto
Você diz que eu te desvio
Também diz que eu sou um bruto
E me chama de vadio
 
Você diz que eu te desprezo
Que eu me comporto muito mal
Também diz que eu nunca rezo
Ainda me chama de animal

Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
 Você tem medo é do amor
Que você guarda para mim
Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo de você
Você tem medo de querer...

Você diz que eu sou demente
Que eu não tenho salvação
Você diz que eu simplesmente
Sou carente de razão
Você diz que eu te envergonho
Também diz que eu sou cruel
Que no teatro do teu sonho
Para mim não tem papel

Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo é do amor
Que você guarda para mim
Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo de você
Você tem medo de querer...
...me amar!
 
         Adriana Calcanhotto

Últimos suspiros


Últimos suspiros

O último suspiro deixado pelo teu amor acabou com todo o meu mínimo ardor.
Minhas palavras tornaram-se poeira diante de toda essa besteira, projetada nessas suas “baladeiras”.
Vivo nas lembranças daquilo que não pude lhe oferecer, pois estava ocupado de mais para perceber.
Ofereço mesmo que no fim, as migalhas destas minhas singulares palavras, pois quem sabe no momento do seu elucidar eu ainda esteja a te amar.
Amei-te nos vazios de muitos silêncios, te contemplei nos murmúrios de sua ausência, te revelei todos os meus complexos desejos e no vão de cada alucinação, no hoje todas essas lembranças simplesmente se apagarão.
GOMES, L. S.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Transcenda


A constelação de uma paixão


A constelação de uma paixão


Na pontificação de cada constelação existente em teu corpo, existem os desenhos contemplados por este velho louco.
No clarear de nossos dias as maravilhas de apenas um existir, o teu bom e lindo sorriso bem diante de mim.
Das fugas que são feitas pelo teu corpo, as alegrias de ver os teus belos e felizes contornos.
De cada mínima prontidão de tuas ações, as mais tranquilas e estranhas sensações.
Em teus belos e disfarçados desejos os mínimos encantos de seus grandes lampejos.
Há um túnel universal dentro de teu peito, que murmuram muitos e muitos desejos.
Na enigmática fantasia de lhe ter, as mais simples palavras eu devo dizer: “Deixa-me lhe ter, quem sabe para o mais além deste nosso viver”.
Deixando por aqui cada pedacinho dos meus “querer”, confia que eu o abraçar-te-ia no momento em que chover.
Em cada distração que não pude viver eu vou lhe dizer que admiro-te muito mais que o teu antigo sofrer.
Sofrer eu não te deixaria, pois perambular eu ia pela constelação do seu longo viver.
Caminha na minha direção, sente este coração anunciando os segredos de uma paixão, permanece no meu viver para que o teu resplandecer seja muito mais lindo do que jamais sonhou ser.
GOMES, L. S.