Em
verso eu quis deixar
Um poço, um assopro, o meu
corpo quebrado como osso.
Um fundo, um amor profundo,
as marcas daquele longo segundo.
Tua mão, minha face, tua
boca que de mim não se afastasse.
Um desejo, um beijo, um
tormento iminente eu vejo.
Satírico o eu lírico, não compreendi
a beleza dos teus lírios.
Um despertar, um chamar, eu
tento te evitar.
Parto, largo, choro e
imploro pelo fado destas poucas e honrosas glórias.
Lhe digo o que sinto,
permaneço sem abrigo e termino mais um refrão com uma dor no coração.
GOMES, L. S.

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