Minhas linhas com embalo
de Marisa
“Bem que se quis, depois de
tudo ainda ser feliz, mas já não há caminhos pra voltar. E o quê, que a vida fez
da nossa vida? E o quê, que a gente não faz por amor”. Era a canção que tocava
ao fundo quando pensava, refletia, raciocinava se estava a se apaixonar.
A paixão, é a fogo que
queima numa ardência que atormente sem nenhum por que, queima o mais vívido
deste humilde ser, queima o que não consigo escrever.
Sinto as chamas de uma nova
ilusão, aparição, ou assombração, mas o que vale mesmo são as magias desta nova
linha em retidão.
Segue teu caminho, dispersa,
voa, livre-se, caminhe rumo a teu ser para que no teu rejuvenescer o teu amor
possa finalmente te ver.
Amo, não na presença de um
corpo, ou na ausência de seu assopro, mas no mundo de perfeição, no qual toda a
sua ação, reflete a nossa imperfeição.
Imperfeitos são os meus
dizeres, mas mais viciosos são estes meus insistentes desejos que de uma lacuna
deixam de existir para poder deixar aqui mais uma linha do que é o meu sentir.
Sinto o meu desejo, embalado
pela falta de teu beijo, cultivado pelo balanço de seu esqueleto e ouvido pelo
encanto do seu desejo.
No fim de mais algumas
linhas começadas por Marisa Monte eu ouço ao fundo um dizer: “Ainda lembro o
que passou, eu, você, em qualquer lugar. Dizendo: "Aonde você for eu vou"”.
GOMES,
L. S.

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