terça-feira, 28 de maio de 2019

O COLETIVO DO EU SOZINHO


O COLETIVO DO EU SOZINHO

O tempo tem passado. O cabelo embranquecido e os questionamentos aumentado.
A fala. A voz. Os posicionamentos mudaram. É, de fato eu cresci.
Volta e meia a garganta trava, o coração pulsa e as mãos falham, não envelheci tão bem assim.
Ou seria tudo parte do processo, de antes de se auto afirmar, se questionar se estamos todos prontos para enviar discordâncias e consonâncias com outros eus por aí estar.
O tolo tem certezas, o sábio questionamentos e o louco a inquietação de não saber por onde o tal coração.
A batida mudou. O ritmo silenciou, e as danças por algum lugar se acomodou.
Não sei onde apalpar, os olhos fecharam ao se auto realizar, mas os joelhos se dobraram ao pesar, pois estão sozinhos nesse tão curto e longo caminhar.
Me entristeci. Me enlouqueci. Me reencontrei com um louco a sonhar, mas as cores dessas telas assumiram um novo nadar.
Antes que afunde, me inunde. Me jogue para fora desse tóxico mar, para então as linhas brancas do meu ‘cerebrar’ fiquem para trás juntos dessas marcas no olhar.
GOMES, L. S.

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