O
teu jeito fácil
Tenho sentido falta do
seu riso fácil e de sua cara de irritado quando não entendiam o que dizias.
Tenho te percebido
distante e caminhando rumo a uma direção desconhecida.
Aconteceu algo com você
para que tivesses que partir assim sem me avisar? Ou foi apenas a oportunidade
que tiveste e assim aproveitou para se mandar?
Juro que queria
acreditar que fui eu o errado, ou sem noção, ou ainda, o sem paixão. Porém, não
posso negar a verdade dos fatos, quando aquele outro ser se foi, ele te levou
junto dele.
Ei, olha para mim! Me
percebe! Regressa para mim, preciso tanto de ti!
É eu sei que você está
pensando que escrevi para ti, ou para outro alguém. Mas na verdade, esse alguém
que perdi é alguém que costumava encontrar bem de frente e dentro de mim, este
alguém sou eu.
Um EU regado de
melancolia e amor e pisoteado por desprezo e rancor.
Há este novo ser que
atravessa o meu caminho, e que por hora não ouso dizer se é uma parte velha ou
antiquada que renasce dentro de mim, ou se é apenas a maturidade me fazendo
esquecer aquele velho ser. Mas no fim, o que eu sei dizer é que sinto falta do
teu jeito fácil e da sua cara irritada, olhando no espelho tentando entender o
porquê de me deixarem sozinho a viver.
GOMES, L. S.
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