segunda-feira, 20 de abril de 2015

O teu jeito fácil

O teu jeito fácil

Tenho sentido falta do seu riso fácil e de sua cara de irritado quando não entendiam o que dizias.
Tenho te percebido distante e caminhando rumo a uma direção desconhecida. 
Aconteceu algo com você para que tivesses que partir assim sem me avisar? Ou foi apenas a oportunidade que tiveste e assim aproveitou para se mandar?
Juro que queria acreditar que fui eu o errado, ou sem noção, ou ainda, o sem paixão. Porém, não posso negar a verdade dos fatos, quando aquele outro ser se foi, ele te levou junto dele.
Ei, olha para mim! Me percebe! Regressa para mim, preciso tanto de ti! 
É eu sei que você está pensando que escrevi para ti, ou para outro alguém. Mas na verdade, esse alguém que perdi é alguém que costumava encontrar bem de frente e dentro de mim, este alguém sou eu.
Um EU regado de melancolia e amor e pisoteado por desprezo e rancor.
Há este novo ser que atravessa o meu caminho, e que por hora não ouso dizer se é uma parte velha ou antiquada que renasce dentro de mim, ou se é apenas a maturidade me fazendo esquecer aquele velho ser. Mas no fim, o que eu sei dizer é que sinto falta do teu jeito fácil e da sua cara irritada, olhando no espelho tentando entender o porquê de me deixarem sozinho a viver.
                                GOMES, L. S.

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