quarta-feira, 27 de maio de 2015

Pobres rimas

Pobres rimas

Hoje eu fiquei a pensar que rimas pobres e medíocres eu me proponho sempre a desenhar.
Sou apenas um ridículo que quer poetizar algo que passa pelo canto do olhar, mas que sem saber não representa nenhum dizer.
Sinto-me fadado ao fim. Há dias este meu eu a escrever só tem me feito sofrer. Eu sinto que já não sei se sei fazer.
Era para me fazer crer, no entanto, agora, só tem me feito sofrer.
Tenho pensado em deixar de rabiscar, porque o mundo não merece mais linhas fracas e rimas fáceis ao falar. Por isso, talvez, este blog eu vá encerrar, para então te poupar de meu sofrimento exposto neste rimar.
É. Eu queria te informar que tenho mais a oferecer, mas perdi a graça do meu bem querer e agora estou sem mais o que dizer. É o fim, até algum dia por aí.

GOMES, L. S.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Infinitamente teu

Infinitamente teu

Eu te amo! Mas te amo de verdade, não por fingir amar, ou para ter alguém ao meu ego massagear.
Eu te amo no espaço de cada toque de meus dedos por cada milímetros de seus pelos.
Eu te amo pelo teu sorriso. Pelo teu cheiro e pelo teu aconchego, e não pelo seu dinheiro.
Te amo por cada música que juntos vamos descobrir. E por cada país que ainda haveremos de ir.
Te amo por cada amanhecer que no despertar eu te tenho em meu lar.
Te amo assim, sem muito querer, porque eu sei que juntos vamos muita coisa fazer. 
Te amo a cada verdade dolorida e abraço sofrido que ainda vamos nos dar, mas hão de se acalmar por ter a nossa cumplicidade sempre a nos salvar.
Estes são apenas alguns dos desenhos de um eu a te amar. Porque se Julieta morreu por Romeu, eu serei infinitamente teu.


GOMES, L. S.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Ainda tento te esquecer

Ainda tento te esquecer

Tenho te observado de longe, visto você sofrer e apenas querendo te aquecer com um riso certo de que haverá um novo amanhecer.
Tenho rezado por ti, ainda que sinta a dor do seu partir, não quero te ver a se ferir. 
Tenho feito muita coisa, e ao mesmo tempo nada. 
Tenho sentido a tua falta.

Sinto a falta de tua mensagem de bom dia, e até daqueles dias que me dizias que não sabias sorrir.
Sinto falta de te apresentar uma nova canção e você em retribuição me dizer que amou de coração.
Sinto falta de quando me escrevias e me deixava assim, todo excitadão, só em lembrar do toque de tua mão.
Sinto falta, de sua falta ao me responder quando eu sabia que estavas ali a ver. 
Tenho sentido a tua falta. 

Sabe, eu achei que conseguiria te esquecer reaquecendo meus lábios no de outro ser, porém, ao assim fazer, eu aprendi que nunca vou te esquecer. 
E por fim, em mais algumas linhas de um dizer, eu só vim aqui para dizer que bem que você podia voltar.
E se no seu voltar eu ainda estivesse a te amar, seríamos a "pareja" perfeita a enfeitar aquele bolo de casamento que eu já havia planejado usar. Mas, e se não houvesse um amar, eu saberia que no fim só me resta recordar aquilo que jogas-te sem dó em um rio a se amargurar.
É triste. É frio. É lamentável chegar ao fim e ver que o que sonhei partiu e me deixou sentindo a falta de um você aqui.

GOMES, L. S.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

O teu jeito fácil

O teu jeito fácil

Tenho sentido falta do seu riso fácil e de sua cara de irritado quando não entendiam o que dizias.
Tenho te percebido distante e caminhando rumo a uma direção desconhecida. 
Aconteceu algo com você para que tivesses que partir assim sem me avisar? Ou foi apenas a oportunidade que tiveste e assim aproveitou para se mandar?
Juro que queria acreditar que fui eu o errado, ou sem noção, ou ainda, o sem paixão. Porém, não posso negar a verdade dos fatos, quando aquele outro ser se foi, ele te levou junto dele.
Ei, olha para mim! Me percebe! Regressa para mim, preciso tanto de ti! 
É eu sei que você está pensando que escrevi para ti, ou para outro alguém. Mas na verdade, esse alguém que perdi é alguém que costumava encontrar bem de frente e dentro de mim, este alguém sou eu.
Um EU regado de melancolia e amor e pisoteado por desprezo e rancor.
Há este novo ser que atravessa o meu caminho, e que por hora não ouso dizer se é uma parte velha ou antiquada que renasce dentro de mim, ou se é apenas a maturidade me fazendo esquecer aquele velho ser. Mas no fim, o que eu sei dizer é que sinto falta do teu jeito fácil e da sua cara irritada, olhando no espelho tentando entender o porquê de me deixarem sozinho a viver.
                                GOMES, L. S.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Tu tens que saber!

Tu tens que saber!

Noite passada eu sonhei contigo. Quando acordei, percebi que já não sentia a mesma taquicardia de antes, quando só pronunciavam seu nome.
Sabe, continuo lendo aquele livro “Um sorriso ou dois” e em meio a páginas apimentadas, regadas a lembranças do que foi aquele nosso amor, eu descobri que me fez bem sofrer, porém, que é preciso saber sofrer.
Sabe, lembra aquele presente que te prometi entregar no dia da minha colação? Pois é, ele chegou. E junto dele apenas um olhar de piedade que lancei ao me lembrar o quão fui idiota em acreditar que o meu todo seria devolvido com um todo a demonstrar.
Sabe aquela música que você me apresentou? Pois é, depois de sua partida eu a ouvi duas vezes, apenas. A primeira quase me fez morrer! Coração acelerou. Minha mão palpitou e minhas pernas balançaram quase me fazendo vir ao chão. Mas sabe, ontem tornei a ouvi-la e quando começou fiquei a pensar que ela é realmente boa, e que apesar de você amanhã há de ser novo dia. Já diria o saudoso Chico Buarque.
Sabe, apesar de seu egoísmo pró iminente e fantasia colossal, começo a pensar que o seu partir não foi apenas o fim de um NÓS, mas um grande início de um EU. E se no futuro a vida fizer a gente se encontrar, saiba que com a mesma graça no olhar eu vou te fitar e sorrir pensando o quanto você me fez voltar a me amar.
 GOMES, L. S.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Chega de sangrar

Chega de sangrar

Essa noite eu acordei no meio da madrugada, achei que era sua mãe te ligando como naquele dia. Senti seu cheiro ainda em minha cama, mas aí eu percebi que não estavas em meus braços.
Que droga! Eu nunca me permiti ir tão fundo com alguém e agora que mergulhei, estou nadando desesperadamente tentando não me afogar no rio de lágrimas que você deixou aqui, bem dentro de mim.
Me dizem que foi apenas um mês. Mas o que seria desse mês se não houvesse teu riso fácil, teus lábios mágicos e teu toque suave? Eu sei te dizer! Eu seguiria praguejando o meu viver, como outrora fazia. Mas e agora? O que devo eu fazer, quando de tão fria foi aquela mensagem que chegou a congelar este meu viver? Estou (re)vivendo, me (re)conhecendo e (re)aprendendo a sorrir sem teu riso lindo aqui.
É hora de te deixar para lá. Mesmo me doendo não poder te apertar, é hora de eu deixar de sangrar. Porque contigo eu viveria em um mundo sem acordar e agora nadando para não me afogar eu te desejo muita sorte no seu caminho a trilhar.

GOMES, L. S.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Outro Bem-te-vi

Outro Bem-te-vi

O problema de te querer é te querer por demais.
É insano. É doentio. Mas é mais místico e cítrico que pudera imaginar.
Te desejo. Incendeio o que sinto até virar pó. Me queimo.
Por que não ousou me atender quando tua voz era só o que eu queria reviver?
É triste. É infeliz. É uma droga que queima e fere.
Me fere. Me machuca. Me joga no chão. Me deixa te comer com a última exatidão.
E ainda assim, eu queria sentir o quanto sofri por ti, pois enquanto eu estive aqui, tu nunca ousou me fazer tão feliz como fez a outro bem-te-vi.

GOMES, L. S.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

CONFLITO

CONFLITO

Queria te amar no silêncio da batida de nossos corações.
Queria te amar no gotejar de uma chuva em dia de sol.
Queria te amar do meu modo, mas esqueci que existe o teu modo.

Pensei em te dizer que era conflitante tudo o que me fazias fazer, mas mesmo assim eu adorava fazer.
Pensei em rabiscar linhas que se inundadas poderiam representar minha mente que estava na beira de te amar.
Pensei em fazer muita coisa, mas ao perceber eu já tinha feito muito mais coisa para te ter.
 
É conflitante. É incerto. Chega a ser uma dor do inferno pensar em não te ter. Mas para me acalentar, eu só sigo a pensar, que eu deixo de te amar.


GOMES, L. S.