Ensinamentos
de uma solidão
Eu tendo a sofrer pelo aquilo que não consigo
ter.
Tenho nas mãos as chamas daquilo que só foi
ilusão, evaporada na beleza dessas minhas linhas de ingratidão.
Ingrato são os olhos que leem e que esfumação
a visão no terminar dessa não tão estranha lição.
Leciono os versos que me vem do céu, mas que
machucam muito as terras firmes desse meu estranho coração.
Um pedaço de carne ingrato, tão muitas vezes
despedaçado, mais ainda queimado e mal tratado, porém regatado e sempre jogado
nas profundezas de um querer.
Quero que tal dor suma, me deixando no vazio
dessa dança não tão reconfortante, chamada solidão, pois na sua realização a
certeza de não haver nenhum e qualquer enganação...
GOMES, L. S.

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