Declino
Declino na direção contrária de todas aquelas
minhas tão certas pegadas.
Declino sobre um novo contexto tão entediante
e “rotulomitrico” que o ato de cansar já virou algo a se aceitar.
Declino rumo ao patético e revoltante, numa
“rumoridade” tão certa e bem dita que minhas crises ficam completamente
alertas.
Declino sob uma realidade voluptuosa tão
saudosa que me vejo a envelhecer...
Declino com linhas mal feitas, sendo refeitas
nas tentativas de rimas perfeitas.
Declino deixando o meu eu escrever, revelando
um pouco do que eu já não deixava acontecer.
Declínio não é a tradição de ser levado para
a perdidão, mas de mudar os rumos dessa vida sendo guiado pelo nosso nobre
coração?!
GOMES, L. S.

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