segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Sai de mim


Sai de mim

Recorta-me de tuas linhas de “muita preocupação”, seu caboclo sem noção.
Retira estes sorrisos ao me rever, pois eu a muito tempo sei qual o esquema deste seu você.
Corta cada requisito de piedade que pude lhe oferecer, pois você não é digno nem de eu lhe ver.
Pare de altos agradecimentos, pois nas lacunas destes muitos “dever” eu já percebi o quanto lhe desprezo, mas teimo em não te ofender.
Saia de mim, não se aproximes, pois nessas suas explorações do meu conhecimento e do meu querer eu só vejo o quanto é desprezível este teu insignificante ser.
Parte logo sem me dar explicações, pois se eu tiver que fazer, eu antes, vou retalhar todo este teu imundo ser “gentil”, gentil eu já pude ser, agora só cuspo nessas migalhas de lembranças que foi o meu “eu e você”.
GOMES, L. S.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Prefira ser.


Prefira ser.

Prefiro pecar pelo excesso, do que sofrer pela falta.
São mais felizes os que traçam suas metas e laçam-se no acaso, mesmo sabendo que o acaso não existe.
Existem mundo inexplorados, terrenos a descobrir e mundos a colorir, não vale ficar preso nessa eterna alucinação, denominada “multidão”.
A multidão, que levanta “banha”, caminha e segue na direção de um novo dia, tão parecido com a manhã do dia de ontem que também fora refletido como anteontem.
Anteontem eu tive um sonho, o sonho de não mais sofrer pelo poder, simplesmente sabendo viver pela alegria de saber ser.
GOMES, L. S.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Desejos, ações e etc. e tal


Desejos, ações e etc. e tal

Atraio, mudo, questiono, crio, simplesmente silencio.
Amo, demonstro, corro, apaixono-me, simplesmente enlouqueço.
Transfiro, redireciono, canto, sigo, simplesmente não sei mais por onde andar.
Desejo, sonho, alucino e até definho, simplesmente não como te amar.
Forço, quebro, velejo, projeto, simplesmente tráfego em linhas de um não chegar.
Profano, contesto, me manifesto, não rezo, simplesmente, eu sei como questionar.
Pelejo, estudo, me embrulho, simplesmente eu só estou aqui para estudar.
Medido, escrevo, sofro, simplesmente eu só pude simplificar as dores desse meu eu a sonhar.
GOMES, L. S.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Ensinamentos de uma solidão


Ensinamentos de uma solidão

Eu tendo a sofrer pelo aquilo que não consigo ter.
Tenho nas mãos as chamas daquilo que só foi ilusão, evaporada na beleza dessas minhas linhas de ingratidão.
Ingrato são os olhos que leem e que esfumação a visão no terminar dessa não tão estranha lição.
Leciono os versos que me vem do céu, mas que machucam muito as terras firmes desse meu estranho coração.
Um pedaço de carne ingrato, tão muitas vezes despedaçado, mais ainda queimado e mal tratado, porém regatado e sempre jogado nas profundezas de um querer.
Quero que tal dor suma, me deixando no vazio dessa dança não tão reconfortante, chamada solidão, pois na sua realização a certeza de não haver nenhum e qualquer enganação...
GOMES, L. S.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Declino


Declino

Declino na direção contrária de todas aquelas minhas tão certas pegadas.
Declino sobre um novo contexto tão entediante e “rotulomitrico” que o ato de cansar já virou algo a se aceitar.
Declino rumo ao patético e revoltante, numa “rumoridade” tão certa e bem dita que minhas crises ficam completamente alertas.
Declino sob uma realidade voluptuosa tão saudosa que me vejo a envelhecer...
Declino com linhas mal feitas, sendo refeitas nas tentativas de rimas perfeitas.
Declino deixando o meu eu escrever, revelando um pouco do que eu já não deixava acontecer.
Declínio não é a tradição de ser levado para a perdidão, mas de mudar os rumos dessa vida sendo guiado pelo nosso nobre coração?!
GOMES, L. S.