segunda-feira, 20 de maio de 2013

Admirando-te


Admirando-te

Um encanto, a simpatia, a sua beleza simplesmente irradia.
A multidão, muito a ensinar, pelas coreografias, já estava a nos enfeitiçar.
O seu jeito um pouco demonstrar, mas além desse seu disfarce eu já estava a te contemplar.
A fala, um simples dizer, bem que eu podia te ter.
Minhas falsas rimas, o meu pouco a te oferecer, eu só queria mesmo era lhe dizer, que mesmo distante eu estou aqui querendo este teu bem querer.
GOMES, L. S.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Parabéns a outro alguém


Parabéns a outro alguém

A minha idade, o tempo que passa, o mundo que não retorna, o dissipar do segundo, a fantasia de um aluno, o momento oportuno, na estrada que fica hoje, eu não me reconhecia.
As músicas que tocam, são quase as mesmas do passado, a Elis ao fundo que divide o palco com Marisa, Adriana, ou quem sabe Cazuza, uma herança que não se rotula, mas que vem por baixo da blusa.
A minha mãe que me liga, ouço uma velha amiga que fica a ligar tanto para desejar aqueles nobres Parabéns que se desejava escutar, quanto para me dizer que eu estou a me desesperar, e que devo imediatamente parar.
Minha angustia fica a aumentar, porque todos dizem que eu seria de “arrebentar”, mas ninguém me perguntou se eu queria apenas profanar, ou fantasiar em uma pequena noite no bar, ou sei lá eu por onde, na real, eu só queria estar longe.
Longe meu instinto me leva, mas a saudade me aleija, volto, e ouço quem sabe o Tom dizendo que a vida é pau é pedra é o fim do caminho, mas quem disse que eu teria chegado ao fim do caminho quando minhas linhas só estavam a comprovar que eu estava a envelhecer e não a morrer (propriamente dito), eu só queria poder dizer: “amei até morrer”, ou algo assim, menos exagerado, “sou louco por não ter nenhuma obrigação por fazer”, mesmo sabendo que o mundo não para quando seu coração está quebrado, já diria o bom Shakespeare.
No fim, é apenas mais alguma ingratidão daquele que deveria amar o mundo sem nenhuma razão, mas eu teria que dizer que a cama de linho branca, a pouca luz, ao som de Piaf a cantar, e um vinho a tomar seria uma cena clássica para quem deseja se matar, no entanto, a fome de transcender, e estourar é algo bem maior, mesmo sabendo das implicações dessas alucinações, porém eu não deveria terminar sem ao menos citar o meu eu que  segue a cantar algumas balbucias de um coração a sangrar por estar só, sem muito poder poetizar.
Na falácia de meu desejo, os cortejos do meu eu a caminhar, sem muita esperança de voltar, pois a chama tende a se apagar.
Apaga-se as tristezas e até as chamas de um eu a profanar, mas nunca as chamas deste meu eu a me apaixonar. Parabéns por você ser de algum lugar, espero que no teu retornar você possa encontrar em fim o seu lugar.
GOMES, L. S.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Para Thaís

Para Thaís

            Uma pequena na imensidão do seu mar, uma gigante na arte do explorar.
Teus olhos foram as faíscas para a nossa paixão, paixão que fugiu de ser carnal, transcendeu e se configurou com algo imaterial.

Tua força perdida na imensidão de suas fantasias, tornaram-se suas maiores brigas, aliás, as novas brigas, brigas não de se odiar, mas de poder relatar tudo que pudesse orquestrar, e até o que não pudesse ser orquestrado, pois na nossa fabulosa magia, o que vingaria era a nossa experiência de forma empírica.
Teu compor é muito mais que um simples discorrer, é penetrar na alma de alguém sem ao menos saber.
Teu desejo é mais forte do que o teu querer. Pois mesmo me falando de teu sofrer, tua amas mesmo é poder viver. Viver na forma lírica poderia ser um dos campos do teu resplandecer, mas preferes a boêmia e o charme que tem todo o teu sonho projetado para um novo viver.
Tua figura forte, sorridente e envolvente, é muito mais contente do que a tua realidade aparente. Por isso, não culpe-se pelo momento, simplesmente  chute a bola para frente, e nem argumente, só desfrute aquele mínimo momento.
Tu me disse-te : "Quando a pessoa é boa ela vira literatura", mas não me ouvis-te dizer, que eu já tinha estes versos para lhe ter presa em um eterno bem dizer, pois Thaís é muito mais do que um querer, é transcender tudo aquilo que eu pudesse ousar conhecer.
Não se configura. Não se rotula. É muito mais do que sonhamos ser, é você sendo eternizada para o mundo através deste meu reles ser.
GOMES, L. S.