terça-feira, 3 de novembro de 2020

Eu só queria...

Eu só queria... 


Eu não queria morrer, só queria dormir enquanto essa inquietação não passa.

Eu queria emprego.
Eu queria diversão.
Eu queria explorar a imensidão desse mundão.
E no eco da razão um sussurro explana: "Eu quero paixão".
Quero comer.
Tenho fome. 
Tenho vontade de ir e vir, mas a inércia insiste em me parir de novo e de novo.
Mas no fim eu não queria morrer, eu só queria dormir.
Dormir para esquecer. 
Dormir para embebedecer.
Dormir para amar. 
Dormir para sonhar.
Dormir para deixar de viver esses dias sem muita força para bradar.
Amar. Falar. Cantar. Ou até dançar.
Porque no fim, eu só queria me amar.
GOMES, L. S.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Minhas últimas canções...

Minhas últimas canções...


Ao fundo Whitney diz: “After all that I’ve been through. Who on Earth can I turn to? I look to you”.

E se fosse minha última vez? Se fosse o meu partir? Se fosse meu último ouvir.

O sentido partiu.

A dor se instalou.

O mundo está caindo.

E em colapsos de memórias me vejo regredindo.

A música mudou. O som é outro. Agora a batida é animada, mas a premissa é boa “loneliness calls”.

Ao me afundar nestes tremendos esbravejar as cores se apagam e a intensidade se vai.

Desistiria eu de dizer: Te amo. Tô com saudades. Quero te ver.?

E ao apenas me questionar, já sofro, pois, é uma parte bela desses meus versar.



E no fi
m, é apenas o cansaço de querer compartilhar memórias com amigos, conhecidos, familiares que outrora me fizeram bem, mas que agora me vem como este zé ninguém.

Adeus as minhas cores.

Adeus aos meus amores.


É um cinza a envelhecer, apenas me dizendo que eu sou “so emotional”.

GOMES, L. S.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

IR

IR

Estou partido. Ferido. Esfarelado.
Os sonhos que outrora me faziam rir, hoje são lembranças de um partir.
Sonhei. Realizei. Me redefini. Quando me voltarei a ti?
Já foi. Passou e perdi, agora é um novo redescobrir.
A sua segurança vi exaurir.
O retomar chega a fluir, sem nenhum motivo certo para ir.
Me perco nesse recomeçar, tanto que nessas linhas não sei mais o que falar.
É pouco. É louco. Seria eu o novo Britiney Spears?
O surtar vem, mas o amar também.
Me vem doente. Me vem sem lente. Mas só me vem.
Neste momento o se redescobrir são princípios a descobrir.
É hora de chorar algum latir.

GOMES, L. S.