terça-feira, 20 de setembro de 2016

Da Miséria. Hipocrisia. Carência e falta de originalidade...

Da Miséria. Hipocrisia. Carência e Falta de originalidade...

E assim termina nossa história, regada a sua hipocrisia e falta de amor próprio que você sempre fez questão de esconder atrás de um “sorria”. O mais legal é ver o quanto seu (pseudo) amor próprio sempre te leva a relações tóxicas transvestidas de bondade e ‘amizade verdadeira’. É, essa mesma que usa do teu dinheiro, dos teus bens, da tua inteligência e da sua ingenuidade mascarada atrás de uma intelectualidade.
Da carência, sempre tive certeza. Ah mas da falta de originalidade, essa com certeza eu nunca tive certeza. Sabe, partir sem retidão, não é partir, é se enganar. Ops, esqueci como há muita expertise em se enganar. Em se enganar que é feliz, que sabe escolher, que sabe ter, ou quem sabe, que sabe amar, embora não aguente ser repartida com um outro olhar.
De verás parece um escárnio, mas de frente, és o retrato mais fiel que tenho de você.
Negociar, falar, intelectualizar e saber podes até fazer, porém, da vida miserável, hipócrita com falta de originalidade com uma pitada de não ter é aquilo que está condenada a ter.
Vá com suas sangue sugas embaixo de sua blusa, e que se um dia voltares a ver, saibas que estarei em retidão bem de ante de você.
E de antemão antes que vá dizer que é um ‘recalque’ ou algo de ‘quem não tem o que fazer` saiba que eu fui muito mais homem que qualquer ‘ser’ que venhas a se tornar a ser.
GOMES, L. S. 

terça-feira, 3 de maio de 2016

Não digo o que sinto

Não digo o que sinto

Não digo o que sinto, pois serei egoísta. Tomo esse veneno e afogo-me em mim.
Tento ir, mas toda essa bagunça me prende nesse lar, mas o que seria um lar, se sempre estive de casa em casa a mudar?
Não sei, ando perdendo a lucidez. Choro sem nenhuma razão e desprezo o aconchego do meu colchão.
As vezes dá vontade de ficar, mas ao mesmo tempo eu sei que seria muito melhor do lado de lá.
Algumas vezes penso em Lana que um dia ousou dizer: "I wish I was dead", e do quão pesado poderia ser se não existisse um outro 'meser'. 
Voltei a essa droga que é rimar com mensagens tristes à orar, que fazem alguém sentir e pensar sobre este piegas que está a exclamar, a miséria que é sonhar.
Desiludido. Perdido. Sentindo vontade de calar, gritando ao mundo que já é hora de parar.
Volto. Paro. Penso. Já não sei o que falar, quando toda essa merda se for ao ar e um reles cadáver de poesias restar.

GOMES, L. S.