terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Ofertando-lhe

Ofertando-lhe

Há mais coisas de mim que podes encontrar, do que esta meu distante olhar. É, eu tenho o hábito de querer falar pelas linhas tortas soltas no ar. Mas, se é para te contemplar, eu faria mil rimas sem pensar.
Pois então é dada a hora e o dia que eu possa conhecer o brilho do teu olhar? Já não sei, eu quero pensar sobre o dia além do nosso a quem.
Mesmo que o encontro aconteça na partida, e eu não possa mais te ver brilhar, saiba que na trajetória do meu caminhar eu ainda posso te imaginar.
O estranho, o nefasto, o silêncio a nos calar, sob seus olhos um olhar que tende a repousar, eu deixo a eloquência do meu falar apenas para dizer que queria muito te ofertar mais do que linhas tortas num rabisco branco a te acariciar. Quero te preencher com os momentos de riso sem muito falar, apenas para nos encontrar.

GOMES, L. S.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

De quando enlouqueci

De quando enlouqueci

Porque quando as palavras deixaram de ser importante, eu sofri.
Porque quando meus votos não significaram mais nada, eu sofri.
Agora, quando as ações deixaram de ser importantes, eu enlouqueci.

Por que me assombra esse grito estranho de prisão e liberdade que me sopram aqui?
Já não sei se sou um jovem em busca da luz no fim do túnel. Mas espera um pouco. Como pode buscar o fim, se nem as linhas do começo eu ousei fazer.
A forma mudou, o canto se silenciou, a obra se escondeu e as provas para mim, ninguém as deu.
E por fim, nem minha ação de te levar pela mão pode dizer o quanto te queria para além do meu coração.
GOMES, L. S.